O Nubia X apresenta um conceito experimental do que pode ser um futuro em que os dispositivos móveis têm dois ecrãs. O painel secundário fica invisível quando não está a ser usado.
Depois da tendência dos recortes na parte superior dos ecrãs dos smartphones, característica popularizada pelo iPhone X, os fabricantes querem fazer desaparecer o notch. Têm sido apresentadas soluções originais para que isso aconteça, como mostraram o Xiaomi Mi Mix 3 e o Oppo Find X. Mas o Nubia X resolve o problema de forma muito mais ‘louca’.
O novo topo de gama da marca chinesa está equipado com dois ecrãs a cores: um na parte frontal, outro na parte traseira. O ecrã principal é um painel LCD de 6,2 polegada e resolução de 2.280×1.080 píxeis, enquanto o segundo painel é OLED, tem 5,1 polegadas e uma resolução de 1.520×720 píxeis.
O ecrã traseiro é completamente funcional, dando ao utilizador acesso a todas as ferramentas do sistemas operativo Android. Um dos aspetos ‘wow’ do Nubia X é o facto de o segundo ecrã desaparecer por completo assim que não está em utilização. Ou seja, se o utilizador quiser, o Nubia X pode comportar-se como um smartphone ‘tradicional’.
Mas onde entra o notch no meio disto tudo? Como existe um ecrã na parte traseira do Nubia X, esse ecrã é usado como espelho para tirar selfies. Desta forma a tecnológica chinesa não precisou de implementar uma câmara na parte frontal e usar um notch para acomodar a câmara.
E como não há câmara frontal, nem espaço para o leitor de impressões digitais na parte traseira, o dispositivo integra os sensores biométricos nas duas laterais: assim é possível desbloquear o dispositivo, independentemente do lado que estiver a usar.
Noutras especificações, o Nubia X está equipado com o processador Snapdragon 845, um dos mais potentes da atualidade, 6GB ou 8GB de memória RAM, 64GB, 128GB ou 256GB de armazenamento e tem uma bateria de 3.800 mAh, como revela a publicação The Verge.
Por agora o smartphone de ecrã duplo só vai estar à venda na China e não é certo se algum dia vai chegar a ser comercializado a nível internacional. Os preços começam nos 470 dólares, o equivalente a 415 euros.
Esta não é a primeira vez que uma marca aplica dois ecrãs num smartphone: a empresa russa Yota ficou conhecida por integrar um painel de tinta eletrónica (e-ink) na traseira dos seus smartphones, para uma utilização mais eficiente de tarefas como visualização de páginas web ou leitura de livros.