Não é bem uma bicicleta, mas sim uma ‘walking bike’. O Alinker é um veículo que quer dar uma nova mobilidade a quem tem dificuldades de locomoção.
Como todas as ideias, o Alinker começou por um comentário que deu origem a uma ideia. Barbara Alink é holandesa mas vive no Canadá e, quando caminhava com a mãe, numa visita a Amesterdão, viram uma pessoa de andarilho. “Nem morta me apanham a usar uma coisa daquelas”, foi o comentário ouvido.
A partir daí, a holandesa decidiu criar um veículo que ajudasse quem tem problemas de locomoção, mas ao mesmo tempo deixasse cair o estigma de que era um último recurso e não um objeto de desejo. Por isso, começou a trabalhar no design da Alinker, que originalmente teve uma versão em madeira – ou não fosse a criadora do veículo carpinteira de profissão.
Com três apoios, sem pedais e num amarelo vivo, o Alinker é um veículo não motorizado que quer promover a inclusão e dar liberdade de movimentos a quem quer ter uma vida ativa, independentemente de possíveis limitações.
Mas há ainda outra questão neste veículo: quem o utiliza não precisa de estar constantemente a olhar para o chão, como acontece com os andarilhos. Além disso, permite estar ao mesmo nível de visão que a maioria das pessoas.
Quando não está a ser utilizado, o Alinker é dobrável para facilitar o transporte. A empresa começou a divulgar os protótipos em 2014 e os veículos são atualmente vendidos online, por cerca de 2000 dólares (cerca de 1710 euros), além de ter também uma parceria com a Scootaround, nos Estados Unidos.
Pelo meio, Barbara Alink conseguiu fazer várias e bem-sucedidas campanhas de crowdfunding – numa delas, o valor angariado chegou aos 450 mil dólares (cerca de 384 mil euros).