Pela primeira vez, o Spotify conseguiu ter lucros, foi anunciado na apresentação de contas do serviço de streaming. A empresa divulgou que já tem 207 milhões de utilizadores mensais ativos e que vai apostar na aquisição de empresas para podcasts.
Foram precisos mais de dez anos para o Spotify chegar aos lucros. Daniel Ek, o CEO do serviço de streaming de música, revelou que os lucros do trimestre chegaram aos 94 milhões de euros, uma diferença considerável comparando com as perdas de 87 milhões de euros reportadas no quarto trimestre de 2017. As receitas do trimestre chegaram aos 1,5 mil milhões de euros.
No número de utilizadores, também a base de subscritores premium, que pagam pelo serviço, aumentou entre trimestres – dos 87 milhões registados no trimestre anterior, o Spotify conta agora com 96 milhões de subscritores premium. Os utilizadores da versão gratuita, baseada em anúncios, também cresceram, registando-se atualmente 116 milhões de utilizadores.
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O Spotify justifica este crescimento no número de utilizadores ativos com a expansão de novembro, que levou o serviço de streaming de música para mais 13 países, incluindo as regiões do Médio Oriente e o Norte de África.
Com as contas em terreno positivo, o Spotify prepara-se paras as aquisições, apostando na indústria dos podcasts. Como era esperado, vai adquirir a nova-iorquina Gimlet Media e a Anchor. Não foi especificado qual o valor que o serviço de streaming está disposto a pagar por cada uma destas empresas, mas os executivos esperam “gastar algures entre 351 e 438 milhões de euros” entre 400 e 500 milhões de dólares.
É justamente através dos podcasts, que desde o ano passado já estão integrados no serviço de streaming, que o Spotify espera vir a aumentar a sua base de dados de utilizadores, através da divulgação de conteúdos originais e exclusivos, um pouco à semelhança do modelo de negócio da Netflix.
“O Spotify não está particularmente preocupado com a música portuguesa”