A ideia pode parecer saída de uma distopia, mas, em 2020, o sistema de classificação social poderá estar a funcionar a todo o vapor na China. A ideia passará por uma monitorização intensiva dos cidadãos, com todos os passos a contar para este ‘ranking’.
Se a ideia soa familiar, é muito provável que tenha visto a antologia tecnológica ‘Black Mirror’. Um dos episódios da série, Nosedive, mostra justamente esta ideia que a China quer implementar, onde quem tem uma pontuação mais baixa não pode ter acesso a determinados bens e serviços, como viagens de avião ou carros mais rápidos.
De acordo com a Bloomberg, Pequim será uma das primeiras cidades a ter acesso a este sistema de classificação social, já a partir de 2020, numa espécie de projeto-piloto. O governo chinês já avisou inclusive que quem não tiver comportamentos adequados, não vai poder dar “um único passo”.
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Se isto realmente acontecer, este sistema passará a classificar 22 milhões de cidadãos, só em Pequim. O plano é ambicioso: voluntariado ou doações de sangue vão contribuir positivamente para a classificação, enquanto cometer infrações no trânsito vão influenciar de forma negativa a classificação. Quem tiver um crédito social pior, não poderá viajar de avião ou utilizar os comboios de alta velocidade que fazem as ligações entre os diferentes pontos da China.
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A tecnologia vai ter um papel de destaque na criação deste sistema: serviços como o Alipay ou o WeChat já são utilizados por milhões de pessoas na China, o que já dá um vislumbre sobre o dia a dia de cada cidadão. A juntar a isto, ainda existem os sistemas de videovigilância, com reconhecimento facial, para perceber o estado de espírito e detetar movimentações suspeitas.
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