O Reino Unido vai mesmo usar tecnologia da Huawei na criação da rede 5G do país, mas em partes que são consideradas como ‘não críticas’, como em antenas e componentes de rede. Quem o diz é a publicação Daily Telegraph, que dá a tomada de decisão como certa por parte do governo liderado por Theresa May.
A decisão do executivo britânico vai assim contra o aconselhamento do presidente e autoridades dos EUA, que dizem que os equipamentos da gigante chinesa não são seguros e não devem ser integrados nas redes 5G dos países. Apesar das acusações, os norte-americanos ainda não forneceram provas técnicas que sustentem as acusações.
Segundo avança a imprensa internacional, com esta decisão, o Reino Unido tenta agradar a ambas as partes – não dá acesso total à Huawei no desenvolvimento da rede 5G, mas também não bane por completo a empresa chinesa desse desenvolvimento.
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“A Huawei recebe com agrado as notícias que indicam que o governo do Reino Unido vai permitir que a empresa ajude a construir as redes 5G do país”, reagiu a tecnológica em comunicado.
Uma análise feita pelo centro de cibersegurança do Reino Unido já tinha apontado para o sentido provável de decisão do governo. Na altura, foi dito que efetivamente há riscos associados à utilização de algumas tecnologias 5G da empresa, riscos esses que no entanto podiam ser mitigados.
Foi o próprio John Suffolk, responsável máximo de segurança informática da Huawei, quem admitiu, num evento recente em Shenzhen e no qual a Insider/Dinheiro Vivo participou, que há elementos na infraestrutura da Huawei que têm de ser revistos, sobretudo porque os processos de criação de tecnologia precisam de estar mais atualizados perante os padrões de segurança que continuaram a evoluir.
Apesar de toda a controvérsia e pressão que tem existido – inclusive em Portugal -, nos primeiros três meses do ano a Huawei aumentou para 40 o número de contratos para o desenvolvimento de redes 5G.
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