Tecnológica chinesa quer expandir em Portugal ao longo do próximo ano, com a abertura de novas lojas. Na Europa, já conta com 110 espaços.
A Xiaomi inaugura hoje, em Braga, a terceira loja em Portugal. Nos últimos anos, já existiam lojas com produtos da fabricante chinesa, mas só em 2019 é que a empresa abriu os primeiros espaços físicos oficiais – primeiro no Porto, na Rua Sá da Bandeira, em junho, e mais tarde em Oeiras, no centro comercial Oeiras Parque.
A expansão não ficará por aqui, garante Ou Wen, responsável para a Europa Ocidental. “Nas próximas semanas, pretendemos abrir mais lojas Mi em outras cidades portuguesas. A primeira em Braga, seguida por outras lojas espalhadas pelo país.”
A estratégia de expansão em Portugal será algo a continuar no próximo ano, garante o responsável da Xiaomi. “Portugal é um mercado-chave para a nossa expansão na Europa”, indica. “No próximo ano queremos continuar os esforços de expansão nos canais offline, o que inclui, claro, a abertura de mais lojas Mi.”
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Na Europa, a marca já tem 110 lojas. “Em termos de estratégia para Portugal, tal como em outros mercados europeus, como Irlanda, Áustria, Suíça ou Grécia, estamos a marcar a nossa presença através de parceiros locais”, explica a Xiaomi, destacando o conhecimento de mercado dos vários parceiros.
“Colaborando com os grandes distribuidores, que conhecem os mercados, podemos aumentar o alcance dos nossos produtos, mas também estamos a fazer colaborações no mundo online e offline, com operadores para garantir que os produtos estão acessíveis.”
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A médio e a longo prazo, Ou Wen conta ao Dinheiro Vivo que a empresa está interessada em fazer chegar à Europa um modelo de negócio específico, a que chama “triatlo”. “Isto inclui não só hardware (smartphones e dispositivos conectados de Internet das Coisas) mas também serviços de internet e novo retalho.”
A Xiaomi é conhecida pela filosofia de telefones com ADN inovador a preço acessível. No mercado EMEA (Europa, Médio Oriente e África), a empresa ocupa o quarto lugar entre as marcas mais vendidas (dados IDC). Com uma terceira posição na tabela das marcas mais vendidas em Espanha, a empresa acredita que tem margem para crescimento no mercado ibérico.
“Queremos dar um salto para uma posição mais elevada no mercado dos smartphones em Espanha e Portugal”, avança o responsável da Xiaomi, mas ainda há trabalho a fazer. “Na Europa ocidental, ainda estamos a aprender o comportamento dos utilizadores antes de dar qualquer passo; no campo do software, estamos a absorver o feedback dos residentes em diferentes mercados para fazer versões mais locais da interface de utilizador.”