Apritel, a associação que representa os operadores, encomendou um estudo que faz revelações diferentes dos dados disponibilizados pela Anacom, o regulador de mercado.
A Apritel decidiu “comparar maçãs com maçãs” e dedicou-se a estudar quanto pagaria um consumidor português pelos mesmos serviços de telecomunicações se vivesse noutro país da União Europeia. O resultado? Iria pagar um valor 20 a 34% mais baixo nos pacotes de 4P e 3P e seria o segundo país com preços mais baixos dos 10 analisados a nível europeu. Mais baixo só mesmo a França.
O resultado contraria os números divulgados trimestralmente pela Anacom, com base nos números do Eurostat, onde Portugal compara-se desfavoravelmente relativamente aos preços praticados a nível europeu, ficando acima da média europeia. “Estamos a olhar para maçãs, com maçãs e não pêras com pêras, não é para contrapor com o que quer que seja”, reage Pedro Mota Carmo, secretário geral da Apritel, quando questionado pelo Dinheiro Vivo sobre se esta era uma resposta aos números divulgados pelo regulador.
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A Apritel, diz, quis saber como Portugal se comparava com o resto da Europa pelos mesmos serviços mais usados, pacotes 3P e 4P. “E Portugal compara bem. Portugal e o segundo que tem os preços de telecomunicações mais baixos”.
Em média, em Portugal os consumidores pagam 38,60 euros por um pacote 3P, menos 34% em relação a outros 10 países europeus. Em França, o país com o valor mais baixo para o pacote 3P, o valor médio ronda os 31,52 euros.
O cenário repete-se nos pacotes 4P, com os consumidores a pagar 59,94 euros, menos 20% do que a média europeia, situada nos 75 euros. Em França, o país com o valor mais baixo, o valor médio de um pacote 4P é de 47,38 euros.
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