É dos EUA que vem o maior número de ataques informáticos que atingem Portugal: sozinhos representam 36% de todas as ofensivas. Quem o diz é a empresa de segurança informática Check Point Software e os dados são relativos aos primeiros seis meses do ano.
Na segunda posição deste ranking, partilhado com a Insider, aparece Portugal – isto é, 27% de todos os ataques que atingiram o país tiveram origem ‘cá dentro’. O terceiro lugar é ocupado pelo Reino Unido, que é responsável por 8% das investidas.
A lista é ainda composta por Países Baixos (7%), Alemanha (6%) e França (4%).
Um elemento importante: a Check Point salienta que estes países são a origem dos ataques informáticos feitos contra Portugal, mas isso não significa que o autor dos ataques esteja situado nesse país. Muitas vezes os ataques são ‘mascarados’, para ajudar a esconder a identidade do seu autor e para dificultar possíveis investigações.
“A minha experiência diz-me que o maior número de ataques é feito pelos EUA. Mas outros países como a Rússia, a China, países do leste, são países também bastante ativos em atacar outros países. E Portugal não é exceção”, explicou o diretor técnico da Check Point para Portugal e Espanha, Eusebio Nieva, em entrevista à Insider.
Nessa entrevista ficámos também a saber que há uma nova ameaça na internet que está a afetar os portugueses: programas que produzem criptomoedas e que estão a roubar poder de processamento aos computadores das vítimas sem elas saberem.