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Impacto na produção da Apple pode crescer caso Foxconn continue em pausa

EPA/PETER FOLEY

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Foxconn, a principal fornecedora da Apple, poderá sentir um “grande” impacto nas linhas de produção caso a fábrica continue fechada mais uma semana, avança a Reuters.

Devido ao surto de coronavírus, que arrancou na cidade de Wuhan, na China, a fabricante Foxconn interrompeu as várias linhas de produção que tem na região. A agência Reuters avança que isto poderá ter impacto na produção de várias marcas de smartphone, incluindo a Apple. Citando uma fonte ligada à empresa de Taiwan, a Reuters aponta que a Foxconn terá congelado uma boa parte da produção na China.

Conforme já tinha sido avançado por vários analistas, caso as linhas de produção da Foxconn continuem fechadas além de dia 10 de fevereiro as perturbações nos fornecimentos ao clientes poderão crescer. O próprio diretor-geral da Apple, Tim Cook, já tinha demonstrado alguma apreensão com esta possível perturbação no fornecimento de equipamentos.

Esta fonte terá indicado à Reuters que a Foxconn já terá sentido um “relativo impacto” na produção, desde que o surto foi detetado. Como forma de precaução, a empresa estará já a utilizar outras localizações para tentar equilibrar a produção, recorrendo às unidades que detém no Vietname, Índia ou México.

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Ao longo da última semana, a Foxconn veio a público clarificar que não haveria um impacto na linha de produção do iPhone. Embora a Apple nunca tenha chegado a oficializar os números, várias fontes indicaram que a tecnológica americana teria pedido à Foxconn para aumentar a produção de telefones para 80 milhões de unidades ao longo deste ano. Um novo iPhone, semelhante ao SE, também já estaria incluído nesta lista. De acordo com a Bloomberg, a Apple teria como planos o arranque de produção deste iPhone mais barato para fevereiro, com possível lançamento para março.

“Aquilo que nos está a preocupar é o atraso de mais uma semana ou até de um mês. O impacto pode ser grande”, afirma a fonte ouvida pela Reuters.

O surto de coronavírus, que terá começado no mercado local de Wuhan, já fez mais de 300 vítimas mortais e infetou milhares de pessoas. Para tentar conter a propagação do vírus, o governo chinês decretou o prolongamento da pausa festiva, após as festas do Ano Novo chinês. Cumprindo as recomendações do governo chinês, várias empresas interromperam as operações ou pediram aos empregados para trabalhar a partir de casa.

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Também a Apple tomou medidas para tentar conter a propagação do vírus. A tecnológica decidiu encerrar todas as lojas, escritórios e pontos de contacto que tem na China, até dia 9 de fevereiro.

Os analistas antecipam o impacto na economia chinesa, especialmente tendo em conta que o surto ocorreu na época de maior consumo e deslocações na China.

Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde declarou o coronavírus como uma emergência de saúde pública internacional, apelando à cooperação entre países. Já foram detetados casos de infetados em mais de 20 países.

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