A chinesa Huawei oficializou esta quinta-feira que vai avançar com um processo contra o governo dos Estados Unidos. A empresa aponta como razões as restrições de venda impostas pelos Estados Unidos.
O anúncio foi feito em Shenzen, na China, onde são desenvolvidos muitos dos produtos da marca chinesa. O processo deu entrada no tribunal de Plano, no Texas, nos Estados Unidos. Durante a tomada de posição oficial, Guo Ping, chairman da Huawei, explicou que “o Congresso dos Estados Unidos tem falhado repetidamente na tarefa de produzir qualquer prova que apoie as restrições aos produtos da Huawei. Somos obrigados a tomar este tipo de ação legal, em último recurso”.
“Esta restrição não é só ilegal, mas também restringe a Huawei de entrar em qualquer competição justa, prejudicando os consumidores dos Estados Unidos”, é possível ler no comunicado da marca chinesa.
No ano passado, a Huawei quase conseguiu entrar no mercado norte-americano, através do operador de telecomunicações AT&T. Nos planos divulgados sobre esta parceria, que acabou por cair por terra, a AT&T venderia os equipamentos da Huawei nos Estados Unidos.
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O governo norte-americano proibiu as agências governamentais de considerarem equipamentos da marca, com receio de que possam ter alguma ‘backdoor’ que possa colocar em cheque as atividades. No final de janeiro, os EUA chegaram mesmo a acusar a Huawei de 23 crimes, como fraude bancária ou roubo de segredos comerciais. A tecnológica negou as acusações, mas tudo isto só aumentou a tensão.
Também a infraestrutura de 5G tem sido um tema quente entre Estados Unidos e a Huawei. Recentemente, Ajit Pai, chairman da FCC (autoridade de comunicações dos EUA), veio a Portugal para convencer as autoridades portuguesas a excluir a Huawei de uma possível infraestrutura 5G.
EUA pressionam Portugal para excluir Huawei da infraestrutura 5G