Há muitos projetos para desenvolver algo que se assemelhe ao “carro voador”, para conseguir encontrar uma nova forma de transportar passageiros em áreas urbanas. A Opener, uma startup canadiana, e a Rolls-Royce são as mais recentes empresas a entrar nesta “competição”.
Chama-se BlackFly e é um veículo destinado a uma pessoa, que não precisará de ter uma licença de piloto, já que é tudo controlado com um joystick. Pelo menos, é esta a ideia da startup Opener, que ainda assim não descarta a necessidade de formação antes de começar a operar o BlackFly. Esta cápsula vai poder viajar a uma velocidade que variará entre os 40 e os 100 km/h.
A cápsula conta com “oito sistemas de propulsão, distribuídos por duas asas”, como explica a empresa. Desta forma, refere a Opener, será possível criar uma lógica de redundância, caso aconteça alguma falha. Esta cápsula é anfíbia, podendo fazer as descolagens a partir de água.
A Opener não revelou qual é a sua faixa de preços para esta cápsula, mas a BBC avança que poderá rondar o preço de um veículo desportivo. Um dos apoiantes financeiros da Opener é nada mais nada menos que Larry Page, um dos co-fundadores da Google. Ainda assim, este não é o único investimento de mobilidade alternativa em que Page está a apostar: também está envolvido no projeto Kitty Hawk, destinado a transportes aéreos de uma pessoa.
A Opener vai ter de competir com várias empresas que estão a tentar desenvolver projetos neste campo. A Uber já conseguiu impressionar com a apresentação do seu serviço Uber Air, que quer colocar a funcionar na cidade de Los Angeles em 2020.Também a Volvo, a Airbus e a Toyota estão a competir para colocarem mais passageiros a voar em cápsulas deste género.
Quem também se vai juntar a esta competição é a Rolls-Royce, que aposta num conceito semelhante ao da Airbus. A Rolls-Royce apresentou o seu projeto de transporte aéreo EVTOL (Electric Vertical Take Off and Landing), um conceito para transportar entre quatro a cinco passageiros, com asas que permitem rotações de até 90 graus.
Ainda assim, este transporte aéreo da Rolls-Royce é diferente da proposta da Opener, já que não será um veículo totalmente elétrico. Os primeiros detalhes sobre o projeto apontam para uma bateria para fornecer alguma energia, mas será sempre preciso colocar combustível para conseguir fazer o processo de descolagem do solo.
A Rolls-Royce explica ainda que o conceito que tem atualmente será todo baseado em tecnologia que já existe atualmente ou que está a meio do desenvolvimento. A empresa aponta como datas para materializar este projeto em algo sólido no início de 2020.