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CEO da Google confirma motor de busca censurado na China

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Depois de ter dito aos funcionários, em agosto, que ainda não era certo se o projeto avançaria, o líder máximo da Google já tomou a decisão que coloca a empresa na rota do maior mercado de internet do mundo.

Os rumores surgiram, mas a Google ainda não tinha confirmado publicamente o projeto. Agora a certeza é dada pelo próprio diretor executivo da gigante norte-americana. Sundar Pichai confirmou que a Google está a desenvolver uma versão censurada do motor de busca específica para o mercado chinês.

“Acontece que vamos conseguir entregar mais de 99% das pesquisas”, disse Sundar Pichai, citado pela revista Wired. “Existem muitas, muitas áreas nas quais conseguiriamos providenciar melhor informação do que aquela que está disponível”, acrescentou. “Mas também seguimos as leis de cada país”.

O CEO da Google afirmou ainda que o desenvolvimento do projeto está a decorrer de forma promissora, mas não revelou uma data para o possível regresso da tecnológica à China.

“A nossa objeção é para com as forças do totalitarismo [na China]”, disse Sergey Brin, numa entrevista ao The New York Times em 2010, a propósito da ‘retirada’ do motor de busca no país asiático. Na altura, o cofundador da Google considerou que a decisão iria ajudar a criar uma internet mais aberta.

Agora, Sundar Pichai também abordou este tema. “Somos compelidos pela nossa missão de fornecer informação a todas as pessoas e [a China] é 20% da população mundial”.

O CEO, que está no leme da Google desde agosto de 2015, considera a China como um mercado “inovador” e “maravilhoso”. “Queríamos aprender como seria se estivéssemos [Google] na China e foi isso que construímos a nível interno”.

“Considerando quão importante é o mercado e quantos utilizadores lá existem, sentimo-nos obrigados a pensar muito sobre este problema e em assumir uma visão a longo termo”.

Recorda-se que o projeto do motor de busca censurado, revelado em agosto, gerou uma forte controvérsia dentro da empresa, criando uma tensão entre executivos e funcionários.