O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, deixa o aviso aos Estados Unidos: o país está preparado para retaliar, caso o governo americano imponha sanções.
O aviso foi feito durante uma entrevista à rádio France Inter. “Caso os americanos decidam avançar e impor sanções contra o imposto digital… nesse caso vamos retaliar”, avançou Bruno Le Maire, citado pela agência Reuters.
O ministro francês indica que, caso existam sanções, o país “contactará imediatamente a Organização Mundial do Comércio”.
No final do ano passado, a Bloomberg avançou que os Estados Unidos poderiam vir a impor taxas alfandegárias à importação de produtos vindos de França, como resposta ao imposto digital francês. Os Estados Unidos não tornaram oficial estas taxas avançadas pela agência.
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No centro desta discórdia está a decisão do governo francês, tomada em julho, de avançar com uma taxa aos serviços digitais prestados por empresas multinacionais em território francês. Caso as empresas em causa tenham receitas acima dos 25 milhões de euros em França e 750 milhões de euros a nível global, estão sujeitas a uma taxa de 3%.
Em julho, os Estados Unidos reprovaram esta medida, que poderá ter impacto no negócio das big tech – empresas americanas de relevo no mercado dos serviços digitais, como a Amazon, Facebook, Google ou Apple.
Ao longo do último ano, o fisco francês tem apertado o cerco a este tipo de empresas. Em 2019 foram aplicadas multas às Apple e à Google, para regularizar situações de impostos em atraso. Em fevereiro, a Apple aceitou pagar 500 milhões de euros ao fisco francês. Em setembro, foi a vez de a Google pagar 965 milhões de euros para compensar impostos em atraso.
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