Publicidade Continue a leitura a seguir

Facebook vai pagar 500 milhões de euros por usar dados para reconhecimento facial

Fotografia: Josh Edelson / AFP

Publicidade Continue a leitura a seguir

O Facebook anunciou que fez um acordo extrajudicial com um grupo de queixosos de Illinois, EUA, a quem pagará 550 milhões dólares (500 milhões de euros) pelo uso de dados biométricos sem permissão para sistemas de reconhecimento facial.

Logo após apresentar os resultados financeiros de 2019, a empresa norte-americana de Mark Zuckerberg anunciou na quarta-feira a assinatura do acordo, que encerra uma disputa judicial de quase cinco anos e agora deve ser apresentada pelas partes perante o juiz.

A ação coletiva argumentava que a empresa não podia compilar dados biométricos dos utilizadores (como impressões digitais, voz, expressão facial) sem o seu consentimento expresso.

O Facebook teria violado a lei ao usar as fotografias que os internautas publicaram na rede social para ensinar sistemas de inteligência artificial, que mais tarde foram capazes de reconhecer pessoas específicas em novas imagens e sugerir ao utilizador o nome dos indivíduos identificados.

Leia também | Facebook contrata mil pessoas no Reino Unido para lutar contra “conteúdos perigosos”

Embora a empresa sediada em Menlo Park, Califórnia, continue a oferecer esse sistema de etiquetagem automática, desde 2015 mudou sua operação para facilitar a desativação deste serviço e, assim, evitar novas ações coletivas, como a de Illinois.

O Facebook anunciou na quarta-feira que fechou o ano de 2019 com lucros de 18.485 milhões de dólares (cerca de 16.795 milhões de euros), uma descida de 16% face a 2019. Em termos de receitas, a empresa que gere a rede social mais usada do mundo atingiu os 69.655 milhões de dólares (cerca de 63.278 milhões de euros) em 2019, um aumento de 27% face aos 55.013 milhões de dólares (cerca de 49.976 milhões de euros) faturados no final de 2018.

Leia também | Facebook quer banir ‘deepfakes’ das suas plataformas

Desta forma, os resultados finais em termos de lucro foram impactados pelas multas a que a empresa liderada por Mark Zuckerberg teve de enfrentar ao longo do ano, bem como pelo aumento das provisões fiscais. Em termos do último trimestre de 2019, o Facebook (que para além da rede social homónima é dono do Instagram e do WhatsApp) subiu os lucros em 7% para os 7.349 milhões de dólares (cerca de 6.675 milhões de euros), depois de 6.882 milhões de dólares (cerca de 6.251 milhões de euros) nos últimos três meses de 2018.

Em termos de utilizadores diários ativos, o aumento registado em 2019 foi de 9%, atingindo os 1660 milhões, ao passo que os utilizadores mensais cresceram até aos 2500 milhões.

 

Zuckerberg e Snowden querem, governos não. O bem (e o mal) da encriptação