O Facebook anunciou que vai começar a restringir quem é que pode transmitir vídeos ao vivo na sua plataforma, como resposta aos ataques terroristas na Nova Zelândia.
Foi há precisamente dois meses, que um ataque terrorista contra mesquitas e muçulmanos a viver na Nova Zelândia foi, de forma preocupante, transmitido em direto pelo próprio terrorista pelas plataformas sociais, como o Facebook Live ou o YouTube.
Agora, de acordo com um post no seu blog, o Facebook garante que está a aplicar o que chama de “política de ofensas” no Facebook Live. Ou seja, a rede social vai proibir os utilizadores que violarem os padrões da comunidade da plataforma apenas uma vez (e há várias formas de as violar ou discurso violento, incluindo colocar fotos com nudez) de usarem o serviço de transmissão ao vivo, Facebook Live, por períodos de tempo definidos.
Se um utilizador colocar, por exemplo, um link na sua conta para um site considerado terrorista, também será banido da transmissão ao vivo do Facebook. Estas novas restrições também se aplicam à política chamada de Indivíduos e Organizações Perigosas do Facebook, introduzida no início deste mês e levou a que personalidades de direita como Paul Nehlen, Alex Jones e Milo Yiannopoulos fossem banidos do Facebook e do Instagram.
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“O nosso objetivo é minimizar o risco de abusos no Facebook Live, mantendo a possibilidade das pessoas usarem o Live de forma positiva todos os dias”, explicou o tal post Guy Rosen, vice-presidente de integridade do Facebook.
Rosen explica que o Facebook espera expandir essas restrições para outras áreas da plataforma no futuro próximo. Em breve, esses mesmos utilizadores que violarem os Padrões da Comunidade do Facebook também serão impedidos de criar anúncios.
A decisão de impor restrições ao Facebook Live vem na sequência das ações de um terrorista nacionalista branco, que entrou em mesquitas de Christchurch, Nova Zelândia, e transmitiu ao vivo na plataforma o ataque. Após o tiroteio, o Facebook foi criticado por permitir que o indivíduo transmitisse e por não remover cópias do vídeo num ritmo rápido.
“Após os terríveis ataques terroristas na Nova Zelândia, estamos a rever o que podemos fazer para evitar que os nossos serviços sejam usados para causar danos ou espalhar o ódio”, disse Rosen.
O Facebook também anunciou que irá fazer uma parceria com mais investigadores e universidades para melhorar a “tecnologia de análise de imagem e vídeo” da plataforma, investindo um valor de 7,5 milhões de dólares.
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