Até 2022, o mercado das casas inteligentes (smart home) deverá crescer 14%, aponta um novo estudo da Oliver Wyman. Com vários mercados avaliados, os dados recolhidos apontam também que há cada vez mais consumidores atentos a este tipo de soluções preparadas para o mercado doméstico.
A tendência não é propriamente uma novidade. Se antes se optava pela venda de aparelhos para para poupar energia e garantir uma casa mais eficiente, agora a ideia passa pela integração de dispositivos inteligentes dentro de casa, podendo ser controlados a partir do smartphone, por exemplo.
O estudo feito pela consultora aponta que uma forma de a área dos serviços (elétricos, gás, etc) conseguir entrar numa nova era será através da disponibilização de soluções que possam combinar serviços e tecnologia. “A análise preliminar do mercado indica que os serviços de smart home podem aumentar as margens operacionais das utilities substancialmente, entre 11 a 18%”, apontam os autores do estudo.
Leia também | Google ultrapassa Amazon na guerra dos assistentes digitais
Aliás, de acordo com o estudo, parte dos inquiridos vê os serviços inteligentes como aliciantes: “mais de 30% dos inquiridos admite contratar serviços inteligentes que combinem soluções energéticas”.
Com diferentes mercados neste estudo, há algo que salta à vista. “Novos concorrentes, especialmente grandes nomes tecnológicos a nível global, estão a chegar a este tipo de mercado com a sua tecnologia”, aponta o estudo assinado por Sandro Melis, Angelo Rosielllo e Arun Mani. Em 2015, o mercado de dispositivos para as casas inteligentes já representava 47 mil milhões de dólares em todo o mundo (cerca de 41,57 mil milhões de euros).
Um dos exemplos dados na forma como as casas inteligentes estão a colocar desafios a diferentes áreas de serviços está a Nest, uma empresa atualmente no universo da Google. Mas não é a única: nos últimos anos têm-se multiplicado este tipo de opções, que já permitem controlar a iluminação, aquecimento e muito mais da casa. Em alguns casos, a integração de eletrodomésticos nos universos das assistentes digitais, como a Google Home ou a Alexa da Amazon, também têm ajudado a aquecer o mercado dos gadgets para smart home.
O estudo termina com a ideia de que a inovação será um ponto crítico nesta área dos serviços. “A disrupção está a chegar e os serviços precisam de agir. Estão prestes a descobrir que fazer um negócio normal é preciso inovação constante”.
Xiaomi e Ikea juntam-se para acelerar área da iluminação inteligente