Apple TV+ com série mais cara do que Guerra dos Tronos. Jennifer Aniston participa

Apple TV streaming

Novo serviço de streaming de conteúdos da Apple vai ter orçamento seis vezes superior ao previsto. Projeto mais caro tem Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell.

É uma tendência dos novos tempos. A televisão tradicional perde, a olhos vistos, a atenção do olhar de cada vez mais pessoas. O negócio pela atenção é cada vez mais amplo, das redes sociais (e gadgets cada vez mais globais como smartphones e tablets), aos conteúdos streaming onde a Netflix e Spotify foram pioneiras. E a Apple, mais conhecida pelos seus produtos físicos como iPhone, iPad ou Apple Watch, quer entrar no negócio. De acordo com o Financial Times, para já a empresa vai investir 6 mil milhões de dólares em conteúdos – seis vezes mais do que foi noticiado há uns meses.

O serviço Apple TV+ será concorrente da Netflix, Amazon Prime, HBOHulu e Disney+ (este último chega a 12 novembro aos EUA, Canadá e Holanda). Apesar disso, pelo que o CEO da Apple Tim Cook tem dito, julga-se que a ideia da empresa passa por ter muito menos conteúdos do que, por exemplo, a Netflix na sua plataforma e crie apenas alguns sucessos para dar força negocial num possível pacote pago futuro que aglomere vários serviços.

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Mais caro do que Guerra dos Tronos

Financial Times cita pessoas próximas do projeto, indicando não só que os executivos Jamie Erlicht e Zack Van Amburg, veteranos da indústria responsáveis ​​pelo projeto, conseguiram o aumento de 1 mil milhão para os tais 6 mil milhões de dólares, como há um projeto mais caro do que todos os outros. Chama-se The Morning Show, é uma série sobre um programa de televisão (já comparada a The Newsroom), terá com Jennifer AnistonReese Witherspoon e Steve Carell e irá custar “centenas de milhões de dólares”. A quantia gasta por episódio vai mesmo ultrapassar o valor recorde de 15 milhões de dólares por episódio de Guerra dos Tronos, da HBO, que terminou este ano, indica o Times.

https://twitter.com/tim_cook/status/1163456126236520448

Nos projetos da Apple, próximo do tal The Morning Show a nível de orçamento, só mesmo a série de ficção científica See, que aparentemente é sobre um futuro onde os humanos perderam a visão – ao estilo Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago. Outras produções importantes na programação da Apple incluem o regresso de uma antologia de ficção científica de Steven Spielberg chamada Amazing Stories, uma série que pertence à Rua Sésamo chamada Helpsters que ensina as crianças a codificar e outra, ainda sem título, de M. Night Shyamalan – responsável por O Sexto Sentido.

Em destaque estará também a série que reimagina a corrida espacial entre a União Soviética e os EUA que resultou na chegada do ser humano à Lua, em 1969, e cujo trailer já está disponível.

Trailer for Apple’s first TV series reimagines an alt-universe space race …. the USSR beating the United States in the race to land on the moon.

A Apple ainda não revelou preços ou outros detalhes importantes sobre o serviço de subscrição, mas disse que os novos conteúdos serão adicionados no mesmo mês em que o serviço for lançado em mais de 100 países.

Entretanto, a Bloomberg indica que a Apple quer lançar o serviço já em novembro com uma assinatura mensal de 9,99 dólares (9 euros) – provavelmente com um período inicial gratuito.

Na guerra dos milhões vence a Disney

Com um orçamento significativamente maior ao inicialmente previsto, a Apple está a aproximar-se e até superar concorrentes. A rainha em gastos até ao momento tem sido a Netflix, até porque é a plataforma, de longe, com mais conteúdos para ver, dos originais aos conteúdos licenciados como a série Friends ou a saga Harry Potter.

Este ano deve gastar 15 mil milhões de dólares em conteúdo – só em produtos originais são mais de mil horas. Mas com o sucesso de 151 milhões de subscritores pagantes de todo o mundo, chegam os rivais e a Disney+ deve bater a concorrência em gastos, com 24 mil milhões de dólares previstos para conteúdo. A Hulu deve gastar 2,5 mil milhões de dólares, a Amazon deve ficar nos 7 mil milhões, um valor que também inclui música, e a HBO (em Portugal o serviço chama-se HBO Portugal) deve ficar nos 1,5 mil milhões.

Um dos alertas feitos desde já ao serviço da Apple está relacionado com o facto de preocupar-se em ter só conteúdos originais e pouco pensados para um público familiar, algo que pode limitar o número de subscritores, dizem os analistas.

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