Antes e depois – do primeiro relógio até ao smartwatch

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    Relógio Patek Philippe, datado de cerca de 1868.


Hoje em dia, o relógio é um objeto do dia-a-dia, com os smartwatches rapidamente a conquistar terreno. Multiplicam-se as marcas que já têm opções inteligentes, mas coloca-se a questão: sabe quando apareceu o primeiro relógio?

A verdade é que não há grande consenso relativamente ao primeiro relógio de pulso da história. Há quem diga que o primeiro relógio conhecido foi criado por Abraham-Louis Breguet, da prestigiada marca de relógios suíça Breguet, que está sob a alçada da Swatch.

Reza a lenda que foi vendido à rainha de Nápoles, Carolina Murat, em 1811. Não se sabe qual é o paradeiro deste relógio, que ficou conhecido como o Breguet 2639. Outras vozes referem também o relógio criado por Patek Philippe, em 1868, como um dos primeiros a chegar até aos dias de hoje.

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Feito de ouro e adornado com grandes diamantes, um dos primeiros exemplares da marca foi vendido à condessa Koscewicz da Hungria. Ao longo dos tempos, o relógio de pulso foi perdendo joias, é certo, mas ganhou outras utilidades.

No início dos anos 20 do século XX, publicações como o The New York Times estranham a caricata moda de os europeus recorrerem a braceletes com relógios já incluídos. A verdade é que durante a Primeira Guerra Mundial o relógio de pulso tinha ajudado os soldados europeus a orientar o tempo nas trincheiras, já que o ambiente caótico não permitia estar à procura de relógios de bolso.

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Ao perceber a utilidade dos relógios com braceletes, também os civis adotaram a tendência. Depois da estranheza inicial, os relógios de pulso atravessaram oceanos e sedimentaram-se no dia-a-dia, a nível global.

Os mecanismos foram evoluindo, deixou de ser necessário dar corda ao relógio de pulso e tornaram-se bem mais baratos. Popularizaram-se marcas como a Rolex (apesar do preço elevado todos a conhecem), Seiko, Casio, Swatch, entre tantas outras. Mas era necessário dar outros truques aos relógios de pulso e tudo começou a caminhar para o smartwatch.

Foram vários os testes feitos por diferentes marcas, mas o campeão de vendas atual é a Apple, cujo modelo mais recente é o Series 4 – que até permite fazer pequenos eletrocardiogramas.

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Há ainda marcas mais tradicionais, que se ficavam pelos relógios tradicionais, que têm vindo a apostar numa vertente inteligente, como a Montblanc, Armani ou a Fossil. Hoje, um smartwatch mostra as notificações do telefone, regista passos, pode mostrar batimentos cardíacos e disponibiliza um sem-fim de aplicações.

*Este artigo foi originalmente publicado na revista Insider número 3, de setembro/outubro de 2018.