Um grupo de cientistas norte-americanos conseguiu, através de inteligência artificial, criar novos compostos para medicamentos.
A Universidade da Carolina do Norte (UNC) conseguiu dar um novo uso à inteligência artificial. Chama-se Reinforcement Learning for Structural Evolution, ou ReLeaSE, e é um software alimentado com informações de mais de 1,7 milhões de moléculas biológicas conhecidas.
Os investigadores indicam que o sistema está dividido em duas partes ou redes neurais, uma parte funciona como se fosse um professor e a outra como se fosse um aluno – uma gera algo, a outra faz previsão. A rede neural da parte apelidada de professor é alimentada com dados, sendo capaz de conhecer as estruturas químicas das moléculas biológicas. Assim, passa os dados já descodificados para a estrutura apelidada de estudante, que monta as novas moléculas.
“Se a nova estrutura é realista e cumpre o pretendido, é aprovada pelo professor”, indica o co-criador do ReLeaSE, Alexander Tropsha. Isso permite que o alune evite moléculas problemáticas.
Este método é usado pelas farmacêuticas, só que o ReLeaSE permite criar e avaliar novas moléculas a pensar na medicina em geral. O co-criador do projecto, Olexandr Isayev, dá exemplos do funcionamento em comunicado: “um cientista que faz a triagem virtual é como um cliente a fazer pedidos num restaurante, o que é encomendado está limitado ao menu, mas queremos dar aos cientistas uma mercearia e um chef pessoal para poderem criar o prato que quiserem”.
Significa isto que o tal aparelho permite adequar de forma mais personalizada os medicamentos ao paciente em causa. O objetivo é oferecer uma nova ferramenta de fármacos para a medicina. O projeto foi evidenciado no site Science Advances.