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Google pede regras na colaboração entre humanos e inteligência artificial

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Segundo a tecnológica, há contextos em que a tomada de decisões não deve ficar apenas entregue às máquinas. Este é um dos cinco tópicos que a Google considera merecerem especial atenção dos governos e sociedade.

O que têm em comum a engenharia genética, a fertilização in vitro, a tecnologia nuclear e a exploração espacial? Foram todas transformações que levantaram questões éticas importantes e que obrigaram a um esforço conjunto para que fossem traçados princípios básicos no cumprimento de regras.

A Google acredita que há uma nova tecnologia que merece igual atenção e empenho concertado – a inteligência artificial. Num relatório divulgado esta terça-feira, a gigante tecnológica pede aos governos e à sociedade em geral para que participem na definição do futuro desta tecnologia.

“A inteligência artificial tornou-se numa tecnologia com aplicações no mundial real e é uma parte do estilo de vida moderno”, escreve a Google no relatório. Ao todo a Google sublinha cinco áreas que merecem a atenção dos governantes e cidadãos, mas há uma que se destaca: a colaboração entre máquinas e humanos.

A Google sugere que se determinem “contextos nos quais as tomadas de decisão não pode ser completamente automatizada por um sistema de inteligência artificial, necessitando de um humano no processo”. A gigante norte-americana diz ainda que devem ser definidas diferentes abordagens para permitir que os humanos possam rever e supervisionar os sistemas de inteligência artificial.

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“Estamos confiantes que a existência de estruturas de governança vão ser suficientes na maioria dos casos”, escreve a Google. Já nos casos em que as regras não ajudarem a decidir questões levantadas pela inteligência artificial, então deve-se recorrer a especialistas da área para que ajudem os governos e a sociedade a tomarem as melhores decisões.

Além da relação entre humanos e inteligência artificial, segundo a visão da Google existem mais quatro áreas que merecem a atenção dos governantes e dos cidadãos:

– É necessária a criação de padrões de explicação, através dos quais os sistemas de IA são capazes de explicar as escolhas e recomendações que fizeram;

– É preciso criar abordagens que promovam a equidade, para diminuir estereótipos, associações negativas e injustiças que sejam refletidas pelos sistemas algorítmicos;

– É importante haver considerações de segurança, na medida em que é essencial tomar precauções contra utilizações negativas, acidentais ou propositadas, da inteligência artificial;

– E são necessárias estruturas de responsabilidade geral, através das quais as empresas devem ser responsabilizadas pelas decisões que tomam e pela forma como atuam sobre essas mesmas decisões – quer envolvam sistemas de inteligência artificial ou humanos.

Já no capítulo das conclusões, a Google salienta ainda que seria “não democrático” delegar decisões importantes na área da inteligência artificial apenas nas empresas, sobretudo em casos que provocam discórdia.

“Apoiamos o processo colaborativo e de consulta que muitos estão a perseguir e encorajamos os decisores de todo o lado a participarem”, salienta aquela que para muitos é, neste momento, a empresa líder na área da inteligência artificial.

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