A DeepMind, a empresa de inteligência artificial adquirida pela Google, chegou a um novo marco nos diagnósticos oculares.
A britânica DeepMind foi lançada em 2010, comprada pela Google em 2014 muito graças ao seu trabalho com redes neurais próximas do cérebro humano e continua a atingir novos marcos na inteligência artificial.
O novo projeto da empresa consiste em encontrar novas formas de encontrar problemas nos olhos que podem prejudicar a visão dos seres humanos e foi agora publicado na revista Nature. A empresa diz que agora está preparada para mostrar o seu trabalho e explica que o sistema pode detetar mais de 50 doenças com a mesma exatidão que os médicos mais experientes.
Tudo foi conseguido graças à combinação de duas redes neurais que analizam através de leituras a chamada OCT, coerência ótica tomográfica. Tudo isto consiste, na prática, em imagens dos olhos 3D que os médicos usam para encontrar sinais de doença, tal como pequenas hemorragias ou depósitos de fluídos, entre outros problemas.
Este nível de inteligência artificial pode ser usado em breve em serviços para reduzir o tempo que os médicos demoram para analisar as leituras de OCT e prevenir atrasos nos diagnósticos de doenças sensíveis. De acordo com dados no Reino Unido, cerca de 285 milhões de pessoas a nível mundial sofrem de problemas visuais.
A DeepMind indica que a sua tecnologia pode funcionar com outros tipos de scanners oculares, para ajudar pessoas com cada vez mais problemas. A empresa concluiu agora uma primeira fase de pesquisa em parceria com o Hospital Ocular de Moorfields, no Reino Unido, e se o sistema passar os teste clínicos pode ser colocado no serviço nacional de saúde britânico.