A bateria é um componente essencial nos smartphones e fazer uma boa gestão dos carregamentos é meio caminho para ter um dispositivo saudável durante mais anos.
Se há tema que continua a gerar muitas dúvidas nos utilizadores é a bateria dos smartphones. Pode continuar a carregar depois de a bateria já estar cheia? A bateria vicia? Pode deixar a bateria do smartphone ir a zero? Mesmo junto de especialistas na matéria, as respostas não são consensuais.
A publicação PC Mag decidiu pegar em cinco dos maiores mitos que existem relacionados com as baterias dos smartphones e analisar os factos em torno de cada uma dessas questões. Em baixo pode encontrar um resumo das principais ideias a reter.
Carregar o smartphone durante a noite sobrecarrega a bateria?
Esta ideia é falsa. Os smartphones modernos já estão equipados com tecnologias que param por completo o processo de carregamento assim que a bateria do smartphone chega aos 100%. Ou seja, mesmo que o deixe a carregar durante toda a noite, isso não sobrecarrega a bateria.
Por outro lado, alerta a publicação, o sistema de carregamento fica novamente ativo sempre que o smartphone passa dos 100% para os 99%, altura em que o carregamento volta a funcionar. Apesar de isto não sobrecarregar a bateria, pode ter impacto nos ciclo de vida útil do equipamento.
Arrefecer o smartphone no congelador é bom quando a bateria aquece?
Esta ideia também é falsa. Ainda recentemente vimos que de facto as baterias dos smartphones não se dão bem com temperaturas elevadas, mas o contrário também é verdade – temperaturas muito baixas também afetam o desempenho deste componente.
Portanto recorrer a métodos de arrefecimento rápido, como colocar o smartphone no congelador, para ajudar a arrefecer a bateria não é uma boa ideia.
A bateria deve descarregar por completo?
Falso, outra vez. Isto porque ao manter a bateria do smartphone em níveis equilibrados – entre os 20 e os 80% – tem um efeito positivo em termos de longevidade. Não é à toa que quando os smartphones baixam dos 20 ou 15%, emitem imediatamente uma notificação para que seja carregado.
A única vez em que vai querer levar a bateria a 0% é para fazer uma calibração, algo que deve fazer volta e meia como método de ‘limpeza’ ao smartphone.
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A bateria fica viciada?
Mais um mito que não corresponde à verdade. Isto era verdade nos telemóveis de antigamente, cujas baterias eram feitas de níquel cádmio. Com a chegada das baterias de iões de lítio, esta ideia deixou de fazer sentido.
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O facto de as baterias perderem capacidade de armazenamento ao longo do tempo não quer dizer que estão viciadas, simplesmente vão perdendo algumas das suas propriedades sobretudo quando ultrapassam os ciclos de carregamento médios de um equipamento desta tipologia.
A bateria ‘morre’ ao fim de dois anos?
Depende muito do equipamento. É verdade que nos smartphones uma bateria tem um tempo de vida útil que varia entre 300 a 500 ciclos de carregamento – ou seja, chegar aos 100% (daí que deixar o smartphone a carregar durante a noite pode encurtar o tempo de vida útil da bateria).
Portanto a bateria dura mais ou menos mediante a intensidade de utilização que dá ao equipamento e também mediante a forma como gere os processos de carregamento. Por outras palavras, sim, uma bateria pode manter-se saudável mesmo após dois anos de utilização.