Na IFA, tivemos oportunidade de colocar as mãos no Galaxy Fold, o primeiro smartphone dobrável da Samsung. E há algumas mudanças visíveis.
Foi anunciado em fevereiro, mas só este mês é que o Fold chega oficialmente ao mercado. Para quem não tem acompanhado o percurso deste telefone, os problemas com o ecrã das unidades de teste distribuídas pelos media internacionais, poucos dias depois do início das análises, levaram a um processo de recolha. Além de recolher as unidades e adiar os lançamentos, a tecnológica sul-coreana anunciou também que iria fazer alterações ao smartphone.
Em junho, quando o Dinheiro Vivo/Insider esteve numa roundtable em Seul com DJ Koh, o líder da área mobile da Samsung, este chegou mesmo a reconhecer que “faltou algo” no Fold, declarando que a marca precisava de mais tempo para este telefone.
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Já tinha sido anunciado que o telefone seria lançado em setembro – mas só em mercados selecionados, como havia sido dito. Na IFA, há a oportunidade de ficar a conhecer de perto o Fold, desde que se enfrente a fila.
É, aliás, uma das perguntas mais feitas às dezenas de promotores presentes no pavilhão da Samsung: “onde é que posso ver o Fold?”. Ao contrário dos restantes produtos da marca, que estão dispostos em mesas corridas e de fácil acesso, é preciso passar por uma fila para aceder a uma área onde os promotores mostram aos visitantes o Fold e quais são as principais mudanças.
É possível tocar no smartphone, manuseá-lo. Como já se sabe, quando está dobrado, o formato do Fold é diferente dos smartphones a que estamos habituados, é mais estreito, com um ecrã mais reduzido. Quando está aberto, o Fold passa a ter um ecrã de grandes dimensões, com 7,3 polegadas.
Logo nesse momento, é possível notar uma grande diferença: a película protetora cobre todo o ecrã, incluindo a moldura do telefone. Afinal, terá sido a remoção da película durante as análises da primeira versão que causou problemas.
Além disso, há ainda uma nova peça, na base da dobradiça, com o intuito de servir de reforço durante a utilização. Também há uma redução do espaço entre as duas partes do telefone, quando está dobrado. Em comparação com a versão anterior, o Fold aparenta agora ser mais estreito quando está “fechado”.
De resto, foi possível ver ao vivo a funcionalidade de app continuity, que permite que a aplicação “cresça” entre o modo de smartphone fechado ou aberto, sem grandes dissabores no desempenho. Claro que, por agora, há um limite de aplicações compatíveis com este smartphone. Já na altura do anúncio do Fold, em fevereiro, a Samsung indicava que muito do trabalho deste smartphone estaria ligado ao contacto com outras empresas, para garantir a compatibilidade das aplicações com este novo tipo de equipamento.
A partir desta semana, o Galaxy Fold já está disponível para compra na Coreia do Sul. A 18 de setembro, chega a mais mercados, como França, Alemanha e Reino Unido. Nestes dois últimos territórios, estará disponível a versão com compatibilidade com as redes móveis 5G, com um preço de 2100 euros. A versão sem compatibilidade 5G custa 2 mil euros.
Samsung estará a trabalhar num novo telefone dobrável, em formato concha