Um serviço premium, com linha de apoio dedicada, troca de ecrã gratuita no primeiro ano e a própria experiência premium do primeiro smartphone de ecrã dobrável a chegar a Portugal é o que oferece a Samsung no seu novo Fold.
É um dos smartphones mais aguardados do ano, não pelo preço, mas pelo formato inovador e diferente do habitual – o ecrã dobrável – num setor, o dos smartphones, que se tem mantido muito semelhante. O Samsung Fold chega a Portugal já a 23 de dezembro, a tempo do Natal, com as pré-vendas a ficarem disponíveis já a 6 de dezembro – Portugal é o oitavo país europeu a receber o aparelho que promete ser a primeira geração de uma nova gama onde a experiência do smartphone fica mais próxima de um tablet assim que se abre o aparelho.
“O nosso objetivo com este aparelho não é o Black Friday nem tão pouco ter muitas vendas, mas sim dar um produto inovador e de valor acrescido aos nossos clientes – muitos deles tinham-nos pedido para lançarmos o produto antes do final do ano”. Quem o diz é José Correia, diretor de marketing da Samsung Portugal e que desde há algumas semanas acumula o cargo com o mercado espanhol.
A apresentação do Samsung Fold aconteceu na manhã desta terça-feira, no Colombo e José Correia admitiu que a empresa quer mostrar toda uma experiência premium para quem adquirir o smartphone de 2049 euros. Para isso é lançada uma linha de apoio telefónica dedicada aos utilizadores do Fold, com explicações sobre o melhor uso, que vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.
A Samsung faz ainda a troca do ecrã interior – o principal – do Fold no primeiro ano de uso por 149 euros (suportando boa parte do valor) e inclui vários extras no pacote de venda, incluindo uma capa resistente e os Galaxy Buds (os earphones sem fios da Samsung).
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Quer experimentar? 15 lojas vão ter essa opção
A Samsung Portugal indica ainda que a partir de dia 6 de dezembro cerca de 15 lojas (ainda não é certo quais serão) vão começar a disponibilizar demonstrações que permitem aos interessados experimentar (sob supervisão) o novo Fold.
Com um ecrã mais pequeno de 4,6 polegadas, para quando está fechado e o maior de 7,3 polegadas para quando está aberto, pudemos estar alguns minutos com o modelo que nos pareceu surpreendentemente leve e resistente – depois de um lançamento falhado em abril e de alterações para o tornar mais sólido. A marca indica que o ecrã que pode ser dobrado 100 vezes por dia durante cinco anos (200 mil vezes) e no uso que tivemos, embora se continue a ver a chamada dobra no ecrã, o aparelho pareceu resistente e bem isolado.
O formato fechado é bem mais estreito (e mais espesso) do que um smartphone convencional, o que até é uma boa surpresa, para depois podermos continuar a experiência quando abrimos o enorme ecrã que coloca a experiência ao nível de um tablet. Com seis câmaras no total, duas de selfie (mais outra de selfie no modo fechado) e as três habituais que já conhecíamos do Galaxy S10, a Samsung parece apostada numa experiência premium para clientes que querem ser os primeiros a ter um produto exclusivo (pelo preço) que deve começar uma tendência (a dos dobráveis).
Francisco Jerónimo, analista da consultora IDC, contava-nos há algumas semanas a propósito do segmento dos smartphones dobráveis (na altura com o anúncio do Motorola Razr, em forma de concha) que a experiência de usar durante algumas semanas o novo Samsung Galaxy Fold. “A experiência de ter um telefone desdobrável que aumenta o tamanho do ecrã é fantástica. Cada vez mais nós consumimos conteúdos multimédia e a possibilidade de, num formato igual ao de um telefone normal, ter a hipótese que ele se transforme numa espécie de tablet, com o dobro do ecrã, permite uma experiência melhor e mais rica”, dizia-nos o analista.
Certo é que os ecrãs dobráveis prometem aumentar as possibilidades da forma como se pode interagir com o telemóvel, mas só com o tempo o preço ainda muito avultado pode começar a baixar.
Em setembro já tínhamos estado alguns minutos com o dobrável da Samsung, num artigo que pode ler aqui.