Na era dos Uber, assistentes digitais (ainda sem o português de Portugal como opção), da realidade virtual, dos pagamentos sem cartões nem carteiras, tentámos viver uma semana com o máximo de tecnologia que encontrámos disponível para todos.
O desafio, feito em Lisboa, trouxe algumas (boas) surpresas e algumas dificuldades e, claro, não foi possível ser sempre totalmente tecnológico. Venha connosco nesta aventura tech que será partilhada no site da Insider ao longo dos próximos sete dias.
Leia o primeiro dia desta aventura: 2018: Odisseia (de 7 dias) só com tecnologia, dia 1
DIA 2. Ginásio em casa.
A manhã começou com nova experiência ‘tech’. Usar aplicações para fazer exercício no conforto do lar e sem aparelhos. Se fosse correr podia usar apps como Runkeeper, Runtastic ou Strava para me indicar percurso feito, kms percorridos, etc, mas aqui o objetivo é ter um personal trainer digital. Para isso tive a ajuda do tablet para ver melhor enquanto cumpria as instruções. O meu colega Rui sugeriu a app Madbarz e depois de alguma pesquisa foi mesmo a escolhida. Há exercícios de cinco a 45 minutos e planos de 2 a 12 semanas (alguns têm versão paga). O plano mais curto, com 8 minutos, mostra-nos vídeos de como fazer exercícios distintos: joelhos ao alto, saltos, agachamentos, entre outros. Convenceu, só não tem um motivador humano para irmos repetindo, embora nos premeie pela evolução.
Já no quarto, com a Google Home na cozinha, usei o iPhone e a Siri, a assistente digital da Apple, para pedir por voz a meteorologia e até a agenda do dia – é um serviço menos completo do que as colunas inteligentes da Google ou Amazon e com colunas mais fracas, mas é uma alternativa.
Para levar o miúdo à creche optei por algo tradicional, com um toque ‘smart’: a app da Carris. Ainda de casa vi quanto tempo demorava o autocarro a chegar à paragem mais próxima (8 minutos) – usam georeferenciação a partir dos autocarros – e pude sair tranquilamente com esse conhecimento. Demorou 3 minutos acima da estimativa e foi possível verificar que vieram dois autocarros da mesma carreira seguidos (um planeamento mais smart podia evitar isso). Embora seja uma boa ajuda para perceber quanto tempo demora o próximo autocarro, o sistema falha algumas vezes.
O almoço trouxe nova tentativa, agora com os serviços da Eatasty, pensados para o segmento empresarial. Tive de encomendar pela app até às 11h40 o prato escolhido (têm cinco por dia e é a própria empresa a fazer) e 35 minutos depois estava à porta da empresa. Tudo por 5,90 euros. Nada mau e mais barato do que vimos na Uber Eats – novamente sem cartões à vista e tudo feito por app.
A pensar em almoços mais baratos, encomendei no Continente Online para as compras lá de casa. O site tem uma variedade incrível de produtos e podemos encomendar 24h por dia (é um site). Usar o serviço de forma ilimitada durante 100 dias custa 26,90 euros para entregas ao domicílio (se formos buscar à loja a encomenda é gratuito). Mas funciona bem, basta combinar uma hora e (normalmente passados um ou dois dias, depende da afluência) chegam-nos os produtos à porta. Sem carrinhos de supermercados, corredores longos nem o desespero de não encontrar o produto desejado (basta pesquisar no site). Um luxo facilitador.
Amanhã, o terceiro dia desta semana tecnológica, falamos no carsharing e na Casa do Futuro.