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É oficial: trotinetes elétricas da Lime chegam a Lisboa

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A empresa norte-americana de veículos partilhados tem investimento da Uber e da Google e começa a operar em Lisboa dentro de dias. As suas trotinetes elétricas (serão 200 a 400) prometem revolucionar a mobilidade na capital.

Depois do anúncio, que reportámos aqui, de que a Lime estava a recrutar em Lisboa, chega a certeza: a startup de partilha de bicicletas e trotinetes elétricas (a Portugal só chegam as trotinetes) já está em fase de testes por cá e começa a operar dentro de alguns dias.

O serviço de partilha de trotinetes elétricas chega cá com o apoio e supervisão do município de Lisboa, que ajudou a definir não só algumas zonas chamadas “vermelhas”, onde não se pode deixar as trotinetes e também os chamados hotspots onde as trotinetes estão todas as manhãs. A Insider/Dinheiro Vivo não obteve a confirmação do executivo camarário, como já falou com responsáveis da Lime pelo projeto em Portugal.

No total Lisboa vai ter entre 200 a 400 trotinetes, num serviço bastante diferente do que já se vê com as bicicletas partilhadas da EMEL, Gira, já que estas têm estações físicas para levantar ou deixar os veículos pela cidade.

E porque é que as Lime prometem revolucionar a mobilidade para muitos em Lisboa? Precisamente pela facilidade de uso, não só para desbloquear pelo smartphone as trotinetes elétricas, mas porque não havendo estações há uma maior liberdade para onde se pode deixar ou levantar os veículos.

As trotinetes elétricas chegaram no verão a Madrid e já estão em várias cidades europeias: Bremen, Zurique, Frankfurt, Berlim e Paris, por exemplo. Em São Francisco tem havido alguma polémica, pelo facto de existirem muitas destas trotinetes por todo o lado e do seu uso tornar os passeios locais de circulação muito mais rápida e confusa.

Já há atividade em Lisboa na app da Lime. Embora o serviço ainda não esteja a funcionar.

E como é que tudo funciona? A Lime vai tentar contornar algumas das críticas globais que tem recebido com algumas funcionalidades recentes. O utilizador que já tenha conta, só tem de procurar na app a Lime-S (o modelo da trotinete) mais próxima; ao chegar a ela faz a reserva com leitura de código QR e pode seguir viagem. Paga-se um euro pelo serviço inicial e 15 cêntimos por minutos no tempo seguinte. Para fechar a reserva será necessário tirar uma foto à Lime no ambiente em que está.

É assim que a empresa espera cumprir um dos requisitos do executivo lisboeta de não perturbar a circulação. Fonte da Lime disse-nos que há regras concretas para que os utilizadores tenham cuidado para não perturbarem a circulação.

Os juicers

O serviço de juicers de que falámos há duas semanas serve para recolher e carregar as baterias das trotinetes elétricas. Qualquer um se pode inscrever e a ideia é que possa recolher trotinetes, as possa carregar na sua própria casa e devolva depois pelas 7h da manhã num dos 90 hotspots que vão existir em Lisboa. Embora elas estejam de manhã nesses hotspots, podem depois ser levadas para qualquer zona do concelho de Lisboa (onde se pode fechar a viagem). A excepção é a zona do castelo e da baixa pombalina, considerada zona “vermelha”, onde não se pode fechar reservas nem levantar trotinetes.

A Lime continua a pedir juicers (inscrições neste site). Além de pedir maiores de 18 anos, que tenham ou mota ou carro (de preferência SUV ou carrinha), o anúncio português diz apenas que se pode ganhar até 150 euros diários. Mas a Lime não é clara como chegar lá nem o tipo de vínculo que é feito, embora explique que o ‘juicer’ terá de recolher as baterias das trotinetes, carregá-las na sua casa e ir entregá-las a uma nova trotinete, num processo que também traz gastos.

Esta é um das zonas vermelhas, no centro da cidade, onde não será possível fechar ou iniciar viagens.

 

A startup californiana fundada em janeiro de 2017 tem conseguido muitos milhões em financiamento, inclusive da Uber e da Google, e tem tido um crescimento exponencial nos EUA e, agora, na Europa. Começaram com bicicletas normais e elétricas, sem estações, mas mais recentemente têm uma parceria com a Segway e têm as trotinetes ou scooters elétricas (na app surge a indicação de scooters).

Esta semana a Insider/Dinheiro Vivo também ficou a saber que o Business Operations da startup portuguesa Uniplaces saiu da empresa para liderar as operações da Lime, que tem já um armazém em Lisboa para armazenar as trotinetes.

Em breve publicaremos entrevista ao responsável para a Lime em Portugal, sobre a possível expansão a outras cidades portuguesas (há negociações com Porto, Braga, Aveiro, entre outras). Quem quiser testar o serviço, as trotinetes da Lime estarão este sábado, na Avenida da Liberdade, na festa de encerramento da Semana Europeia da Mobilidade.