O papel da Google em Portugal, os investimentos, as prioridades para o futuro e os desafios. Entrevista a Bernardo Correia.
A Google tem um impacto direto de 2,5 mil milhões de euros na economia portuguesa e numa base anual, concluiu um estudo da consultora BCG. Numa entrevista à Insider / Dinheiro Vivo, Bernardo Correia, diretor-geral da Google em Portugal, fala sobre este e outros temas – pode ver os principais destaques da entrevista aqui.
Qual é o impacto da Google em Portugal?
O nosso objetivo com este estudo é dar a entender um pouco melhor ao sistema português qual é o valor e o real impacto do digital e também da Google na economia portuguesa. Trabalhei quase onze anos da minha vida no Reino Unido e há muitos anos a BCG fez um estudo no Reino Unido em que dizia que o digital já era 7,2% do peso da economia do Reino Unido.
Esse estudo foi feito com dados de 2009. Estamos em 2019 e em Portugal, este estudo que quisemos fazer com a BCG, indica que o peso do digital em Portugal é 4,6% do PIB, o que já é enorme, é maior do que o sector da construção por exemplo, em termos de peso da economia, mas ainda está bastante longe daquilo que poderia ser e do seu potencial.
A ideia do estudo é dar a conhecer não só o peso do digital em Portugal, mas também dar uma ideia o tamanho do prémio final se em Portugal continuarmos a investir fortemente no digital. Nós Google orgulhamo-nos de fazer parte deste ecossistema e de dar o nosso próprio contributo.
A BCG estimou o impacto económico direto dos produtos Google em 2,5 mil milhões de euros em Portugal e o total do impacto do excedente do consumidor, ou seja, o que os portugueses estariam dispostos a pagar por produtos que neste momento são gratuitos, como o Search, o YouTube, o Gmail, em qualquer coisa como nove mil milhões de euros, o que é quase 5% do tamanho do PIB em Portugal e equivalente a 70 mil empregos.
Orgulhamo-nos de ter não só um impacto grande na economia portuguesa, mas temos uma presença cada vez mais reforçada através dos investimentos que temos feito em Portugal, seja na criação de emprego direto no centro de Oeiras ou através da formação profissional como projetos como o Atelier Digital.
Ainda não anunciamos os números finais, mas até ao final de fevereiro vamos ter 50 mil pessoas já formadas em skills e competências digitais em Portugal com os nossos parceiros do Ministério da Ciência e do Ensino Superior. Temos feito uma série de programas em Portugal que muitas vezes nem sequer são quantificáveis, incluindo em estudos como estes.
Temos um projeto com o Ministério da Educação de treinar cinco mil crianças em linguagens de programação, temos um programa que foi anunciado no mês passado de digitalização de todo o espólio cultural debaixo do Ministério da Cultura que foi disponibilizado pelo Google Arts & Culture Institute.
Nós orgulhamo-nos de ter um conjunto de programas, para além do impacto económico direto que foi feito e anunciado pela BCG hoje, que transcendem o valor direto para a economia.
Diria que o impacto sente-se mais junto do utilizador final ou das empresas?
O impacto do Google, felizmente para nós, mas também para a economia portuguesa, é transversal. Nós podemos medir, por exemplo, esses 2,5 mil milhões de euros de impacto direto na economia mais através das empresas, porque são empresas portuguesas que beneficiam por exemplo de aparecer num motor de busca organicamente.
Alguém precisa de uma florista e o motor de busca encontra a florista mais próxima e a pessoa desloca-se até lá para comprar o seu ramo de flores. Esse tipo de impacto económico direto está contido dentro desses 2,5 mil milhões, mas está também um excedente de consumidor importantíssimo, que tem um papel equalizador na economia.
Sabemos que qualquer criança mais desfavorecida do interior do país, só para dar um exemplo, tem acesso ao mesmo nível de informação de qualquer criança rica de um colégio privado de uma das maiores cidades. O motor de busca tem um papel equalizador enorme na sociedade como um todo e é esse o valor económico que está contido dentro desses nove mil milhões ou quase 5% do peso da economia que a BCG calculou.
Tem ideia de quais são as indústrias específicas que a Google mais impactou nos últimos anos?
Tentamos alinhar os nossos esforços por aquelas que são as áreas prioritárias para o crescimento da economia portuguesa. Aí o turismo tem um peso grande. Nós trabalhamos ativamente com o Governo, com o Turismo de Portugal, para servir de ponte entre os turistas internacionais.
Há Google em todo o mundo, há YouTube em todo o mundo para que possamos dar a conhecer Portugal ao resto do mundo e trazer esses turistas para Portugal – e eles têm impacto económico direto cá na compra e aquisição de produtos e serviços portugueses.
Também temos trabalhado muito no retalho, na digitalização do comércio eletrónico. O ecommerce é um caso curioso porque em Portugal neste momento não está tão desenvolvido como está na maior parte do resto da Europa e nós trabalhamos afincadamente com retalhistas de todos os sectores de atividade, mas essencialmente focados no ecommerce para que possam competir numa economia cada vez mais global e digitalizada no sector do retalho.
Têm aparecido empresas de ecommerce fabulosas em Portugal, como a Prozis, que nos permitem olhar para um novo ecossistema de retalho em Portugal como um ecossistema de futuro. Temo-nos focado muito aí.
Depois no trabalho da transformação digital das grandes empresas portuguesas, de todo o tecido empresarial português que precisa de se digitalizar para estar mais ao nível do próprio consumidor. O consumidor já é digital e muitas vezes são as empresas que não estão a acompanhar a transformação do consumidor, temos trabalhado muito nessas áreas. Diria que o nosso impacto é transversal a quase todos os sectores de atividade.
Focaria se calhar só num último, que é o das startups. Temos muitas parcerias, seja com a Startup Lisboa, a Beta-i, fundos de investimento para ajudar a dar formação, muitas vezes créditos de cloud, tudo o que seja para apoiar o ecossistema das startups a crescer, a internacionalizar-se, a ficar mais maduro e mais consistente. Acho que é uma das grandes vantagens deste país é este ecossistema e temos tentado apoiá-lo muito.
O valor que os portugueses atribuem aos produtos Google é equivalente a 70 mil empregos. Mas sabe quantos empregos a Google ajudou efetivamente a criar em Portugal?
Sabemos dos 1.300 empregos que estão no centro de Oeiras, mas a BCG calcula o nosso impacto económico em equivalente a 70 mil empregos.
É difícil dizer exatamente que empregos é que são e em que sector de atividade, mas sabemos que a criatividade económica gerada pela nossa presença aqui em Portugal é equivalente a esses 70 mil empregos.
Orgulhamo-nos especialmente disto, porque se formos a ver em Portugal, nenhuma outra empresa da nossa geração de empresas de internet tem apostado tão fortemente em Portugal. Arriscar-me-ia a dizer que nenhuma outra empresa tem feito mais para desenvolver o ecossistema digital em Portugal do que o Google – ponto. Queremos continuar a fazer esses esforços, mas acima de tudo queremos contribuir hoje com um estudo como este para dar visibilidade do que ainda falta fazer para atingirmos o potencial que todos nós sabemos que existe aqui em Portugal.
A BCG calculou em qualquer coisa como um ponto e meio percentual de PIB que podia ser acrescentado ao crescimento de Portugal, por ano, até 2025, se apostarmos em políticas públicas responsáveis e pro-digital, se investirmos na digitalização das empresas, se investirmos na infraestrutura e na conectividade e se investirmos em skills digitais transversais ao resto da economia.
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Já tinha feito esta questão ao Matt Brittin e agora referiu isso. Provavelmente nenhuma grande tecnológica tem investido tanto em Portugal como a Google. O que Portugal tem de especial para merecer tanta atenção da Google?
Portugal tem muita coisa de especial. Estamos a viver um momento histórico para a economia mundial, não só para Portugal, em que há uma quarta revolução. Esta é a primeira revolução da história da humanidade, em termos económicos, em que Portugal não está em desvantagem.
Estamos num período em que a nossa localização geográfica pela primeira vez não é uma desvantagem, já não é periférico pela desmaterialização do digital, nós conseguimos perceber que Portugal tem vantagens nessa revolução em vez de desvantagens, já não temos de ter a mina de carvão junto da fábrica e o caminho de ferro estar perto dos maiores centros de consumidores.
Nós temos as maiores vantagens do mundo em estar em Portugal, porque temos talento, temos infraestrutura, temos conectividade, temos capacidade de atração de talento internacional, temos qualidade de vida, temos uma boa relação entre essa qualidade de vida e os custos da operação em Portugal e acima de tudo também temos tido um ambiente regulatório positivo favorável e pro-digital, não só deste Governo, mas também dos anteriores. Essa consistência ao longo do tempo de um ambiente regulatório pro-digital é também muito importante em bom sinal para empresas como a nossa.
Acho que é pena, porque se calhar o ecossistema digital global não vê mais estas oportunidades, mas ainda vi esta semana o investimento da Revolut em Matosinhos, que é mais uma confirmação de que os nossos investimentos aqui em Portugal podem ter também um impacto amplificador do que é que se passa no resto do ecossistema digital global.
A presença da Google aqui em Portugal é um bom farol e esperamos ajudar a atrair mais empresas.
Já falamos do impacto que tiveram até agora. Quais são as grandes missões que a Google ainda tem em Portugal?
Enquanto o tema do comércio digital ainda não estiver 100% maduro, há de ser sempre uma grande prioridade. Achamos que o ecommerce é uma inevitabilidade, encontramo-nos muito atrás em termos de penetração do ecommerce em Portugal e vamos continuar a apostar aí.
A taxa de penetração da internet em Portugal é relativamente razoável, acima dos 70% – cerca de 10% abaixo da média europeia, mas não mais do que isso. Mas a taxa de penetração do ecommerce em Portugal é de 36%: aqui ao lado em Espanha é de 57% e nos países nórdicos é acima dos 80%.
Nós temos uma taxa de penetração do ecommerce muito baixa. Dentro dessa taxa de penetração do ecommerce temos outro problema que é a quantidade de utilizadores portugueses que compram em sites estrangeiros em vez de comprarem em sites portugueses. É a segunda maior da Europa com 85%, só atrás da Moldávia.
Nós temos uma prioridade muito grande que é acelerar o crescimento do ecommerce aqui em Portugal até para passarmos de deixar de ser importadores de digital e passarmos a ser exportadores de digital e aí a maturidade do ecommerce em Portugal ainda tem muito caminho para dar.
Depois temos o sector de turismo em que vamos continuar a apostar, o sector das tecnologias no qual vamos continuar a apostar. Não vamos de repente fazer uma revolução e uma alteração completa de estratégia, temos um plano a longo prazo e vamos continuar a apoiar todos os sectores de atividade em que acharmos que Portugal tem um longo caminho pela frente, em que possamos contribuir positivamente, incluindo no caminho das competências digitais e continuar a apostar em projetos como o Atelier Digital que, como disse, vai nas 50 mil pessoas já formadas.
Vamos começar, por exemplo, no mês que vem a trabalhar diretamente com as universidades, uma coisa que até agora tínhamos feito mais com os politécnicos, para continuar esse trabalho e continuar a investir aqui.
Já tinha lido noutras entrevistas que o comércio digital é uma questão que preocupa particularmente o Bernardo. Relativamente a isto, ainda não temos Android Pay em Portugal. Talvez fosse uma ferramenta que pudesse ajudar. Por que razão ainda não temos Android Pay em Portugal?
Estamos em revisão estratégica do lançamento desse produto. Ainda não tenho nada para anunciar, mas assim que tiver…
… Mas estão a trabalhar nisso?
Estou a olhar para isso.
Também falou da questão das competências. Sobre o programa de formação de três mil programadores Android em Portugal, há mais novidades?
Na semana que vem [entrevista feita a 22 de fevereiro] vai ser feito um anúncio mais completo sobre esse programa. O programa foi anunciado originalmente como mil programadores formados, o Matt Brittin [líder europeu da Google] quando veio cá por altura da Web Summit ampliou para três mil e isso implicou termos algum trabalho logístico de como vamos chegar a esses três mil e na semana que vem vamos dar mais detalhes sobre como esse programa vai ser operacionalizado.
Isso quer dizer que foi apanhado de surpresa?
Não, não. São todas boas surpresas. Na nossa indústria as coisas mudam todas muito depressa e é importante para nós ter cá esse investimento e outros.
Na altura da Web Summit foi importante a visita da Jacquelline Fuller, que é vice-presidente global do braço filantrópico da Google, e foi com base em conversas dessas que, por exemplo, fomos capazes de financiar o lançamento, ainda desta semana, de um projeto com a Associação de Imprensa para combater fake news e para ajudar à promoção de conteúdos jornalístico de qualidade em Portugal, com um donativo de cerca de 250 mil euros para a contribuição desse programa que vai ajudar a trazer subscrições de jornais para as salas de aula, centros de idosos, entre outros.
É preciso muitas vezes enquadrar todos estes programas que temos em Portugal. Sirvo um pouco de embaixador da Google Portugal junto da Google global e orgulha-me muito poder trazer este tipo de programas para aqui.
O impacto que a Google tem tido no mercado português não é questionável, mas há sectores específicos que dizem que o impacto tem sido negativo. E um dos sectores, curiosamente, é o sector dos meios de comunicação. Como é que vê essas críticas constantes sobre o domínio da Google e do Facebook no sector da publicidade digital?
Comecei na Google em 2008 e na altura a concorrência principal era a Yahoo, a Microsoft, praticamente não se ouvia falar de Facebook, ainda se falava de MySpace. Aquilo que sei e no qual acredito é que vivemos num ambiente competitivo digital, o mais competitivo do mundo.
Entretanto aparecem Twitter, Snapchat, os próprios jornais estão a digitalizar com uma velocidade impressionante. Concorrência não falta, o que falta muitas vezes é inovação na transversalidade do sector de media e especialmente na transformação de algumas empresas de um modelo mais clássico para um modelo mais digital.
Aí sabemos que a solução possível é inovar. O Google orgulha-se de ter investido, per capita em Portugal, mais do que, provavelmente, qualquer outro país da Europa com o projeto Digital News Initiative, em que investimos qualquer coisa como 7,2 milhões de euros em projetos de inovação aqui em Portugal. Por exemplo, os estúdios de vídeo do Jornal de Notícias no Porto [que pertence à Global Media, empresa que detém a Insider / Dinheiro Vivo], os estúdios de rádio do Observador aqui em Lisboa, o próprio projeto Nónio que é um consórcio de data intelligence dos publishers portugueses, foram todos cofinanciados pelo Digital News Initiative e nós sabemos que é esse caminho que é preciso fazer.
Queremos estar ao lado da indústria de media enquanto inova, queremos contribuir para esse projeto de inovação e partilhar com eles as dificuldades, mas também as oportunidades que esse caminho nos trás.
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Estamos a falar de meios de comunicação e não posso deixar de perguntar: o Bloco de Esquerda falou na possibilidade de se criar o ‘imposto Google’ também em Portugal, justamente para apoiar os meios de comunicação. Que comentário faz a essa proposta?
Nós temos uma perspetiva muito clara sobre isto. Pagamos todos os impostos que devemos em todos os países onde operamos. Se qualquer país mudar a lei e quiser que nós paguemos mais impostos, nós obviamente respeitamos a lei em todos os países que operamos e pagamos os impostos que nos pedirem para pagar.
A nossa posição global é muito simples. É preciso uma reforma tributária a nível internacional. A sede certa para fazer a reforma tributária a nível internacional é na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), é uma posição que já foi expressa pela nossa diretora financeira global, a Ruth Porat, como pelo nosso diretor executivo global, Sundar Pichai.
Mas também é a posição certa porque é preciso que esta reforma seja feita a nível internacional. Portanto, vamos esperar que essa negociação a nível global seja feita, mas a nossa posição é que essa reforma seja feita rapidamente para que o sistema tributário global seja justo para todos.
Mas parece que há países que não têm paciência para esperar por isso. França, Itália, cada um está a criar o seu ‘imposto Google’.
Mas são esses próprios países que têm de se concertar nessa negociação a nível global. Vivendo numa economia global é preciso haver essa comunicação entre países, esse acordo entre países, e mais uma vez a sede certa para o fazer é a OCDE e é daí que deve vir essa concertação do que é o sistema tributário justo para todos a nível global.
Estamos a falar da Europa… A reforma dos direitos de autor, os Artigos 11 e 13, está bem encaminhada da maneira como estava planeada. Teme de alguma forma que um produto importante como o Google News venha a acabar no mercado português e onde é importante para muitas publicações?
A questão dos direitos de autor é importante para toda a gente, inclusive é importante para nós. Todas as discussões que estão à volta dos direitos de autor, do Artigo 11, do Artigo 13, há uma coisa na qual concordamos e que é que os direitos de autor são importantes, têm de ser protegidos e têm de ser regulados da maneira certa. Acho que todos nós concordamos com isso.
A nossa preocupação principal é que os direitos de autor sejam equilibrados entre grandes produtores de conteúdo, pequenos produtores de conteúdos e que exista uma equidade de tratamento entre todos esses produtores de conteúdo. E daí algumas das discussões e da movimentação que tem havido à volta desta plataforma.
Acreditamos muito é que essa discussão ter sido trazida para o público em geral foi importante, foi um momento em que nós vimos se calhar um assunto que era mais técnico trazido para cima da mesa por criadores de conteúdos como os youtubers ou jornais online mais pequenos.
É muito importante defender a pluralidade e a capacidade desses criadores de conteúdos de continuarem a operar, de continuarem a ter uma viabilidade económica sustentável e financeiramente viável. Neste momento o texto que está em cima da mesa pode vir não ser o final, ainda está no Parlamento Europeu, vamos esperar para ver o que acontece.
O que sai dessas discussões e depois com o texto finalizado, lá tomaremos decisões sobre o que é preciso fazer aos produtos ou não. Vamos ter de esperar pelo texto final para ter a certeza do que é que vai acontecer.
A Google Portugal falou com os youtubers portugueses para ajudá-los a perceber melhor esta situação e aquilo que se estava a passar? Houve esse contacto direto?
É público que houve uma carta da nossa diretora executiva do YouTube, a Susan Wojcicki, aos criadores de conteúdos. Mas todo o movimento que tem acontecido de youtubers é maioritariamente orgânico, ou seja, a própria comunidade de youtubers percebeu que este era um tema que podia afetá-los e movimentou-se organicamente no sentido de tentar entender como é que aquele texto podia ser concertado para as suas próprias necessidades e interesses.
Acho que há uma coisa importante que o estudo da BCG revela é o tamanho desse ecossistema. Uma das coisas que aparece no estudo de hoje é a quantidade de receitas que a Google partilha com esse ecossistema de criadores de conteúdos. Estimamos isso em 12 milhões de euros, são partilhados por uma nova geração de criadores de conteúdos que pura e simplesmente não existiria sem a possibilidade de uma plataforma como o YouTube operar da forma como opera.
Nós orgulhamo-nos de continuar a suportar esse ecossistema de criadores de conteúdos e continuar a permitir aos criadores de conteúdos produzirem esse conteúdo que é importante para uma nova geração de portugueses, mas também para a exportação da língua portuguesa, de conteúdo português e da criatividade portuguesa para todo o mundo.
Adora Portugal, mas tem problemas na Europa. Entrevista a Matt Brittin, o patrão europeu da Google