Um novo estudo, feito pelo ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada), conclui que as redes sociais contribuem para o “sentimento de solidão”, tendo efeitos na saúde mental dos utilizadores.
O estudo feito por Rui Costa e Ivone Patrão, do ISPA, quis avaliar a relação entre o uso das redes sociais e o grau de interação social. Os resultados apontam que “mesmo com bons indicadores de contactos pessoais e uma boa rede familiar e social” são gerados “sentimentos de solidão”.
O estudo refere ainda que uma das justificações para isto poderá residir no ponto de a comunicação através das redes sociais não ter associado um factor sensorial. “Como esta informação sensorial está em grande medida ausente na comunicação online, é de esperar que esta gere sentimentos de solidão, afetando mesmo quem não tem razões objetivas para se sentir só”, apontam os autores do estudo.
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A juntar a isto, o estudo indica ainda que as redes sociais podem gerar também sentimentos de ansiedade ou até mesmo depressão.
O estudo foi feito com uma amostra de 548 adolescentes e jovens adultos, dos 16 aos 26 anos.
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Não é a primeira vez que um estudo do género chega a esta conclusão. No final do ano passado, a Amnistia Internacional apontava o Twitter como um lugar tóxico para as mulheres. Também o Instagram tem sido muitas vezes referido como uma plataforma capaz de afetar a saúde mental – tanto que isso até resultou numa campanha que deu a volta ao mundo, a do famoso ovo do Instagram.