Segundo dados da empresa de segurança Kaspersky, 22% da população portuguesa foi alvo de uma tentativa de ataque informático em 2018.
Portugal é o segundo país do mundo com a mais alta percentagem de utilizadores únicos afetados por spam e phishing. Segundo os valores revelados, quase um em cada quatro portugueses foi alvo de uma tentativa de ataque informático no ano passado.
No primeiro lugar do ranking surge o Brasil, país no qual 28% da população foi alvo de spam ou phishing em 2018. Logo abaixo de Portugal surge a Austrália, nação na qual 20% da população esteve na mira de cibercriminosos.
Em termos globais, segundo o relatório Spam e Phishing da Kaspersky Lab, referente a 2018, Portugal ocupa ainda o 16º lugar na lista de países que são os alvos preferenciais dos piratas informáticos em ataques realizados através do envio massivo de emails, ao receber 1,6% de todos os emails maliciosos enviados a nível global.
Segundo o mesmo relatório, a China é o país a partir do qual mais mensagens de spam são enviadas, ao representar 11,69% do total de mensagens maliciosas enviadas a nível global. Em segundo lugar surgem os EUA, responsáveis por 9,04% do spam mundial, seguidos da Alemanha com 7,17%. Neste ranking Portugal não surge sequer no top 20 dos nações mais ‘produtoras’ de spam.
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Entre os motivos que geraram as maiores campanhas de spam estão o Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD), o Mundial de futebol na Rússia e o lançamento dos iPhone XR e XR Max. O spam representou 52,48% de todos os emails enviados a nível global no ano passado e quase 75% destas mensagens tinham menos de 2KB de tamanho.
“O ano de 2018 mostrou que os cibercriminosos continuam a estar atentos aos eventos globais e usam-nos para atingir os seus objetivos. Vimos um aumento considerável em ataques de phishing relacionados com criptomoedas e é expectável que novos esquemas vão surgir em 2019”, lê-se no relatório da empresa russa.
“O email continua a ser o método mais utilizado na comunicação corporativa e continua a ser um alvo muito tentador para os hackers. O phishing permite evitar os sistemas de informações protegidos. A engenharia social continua a enganar e, como mostram as estatísticas, os hackers continuam a usá-la para se infiltrarem nos sistemas”, comentou por seu lado Alfonso Ramírez, diretor-geral de Kaspersky Lab Iberia, em comunicado.
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