No dia seguinte à pormenorizada descrição feita pelo New York Times das movimentações internas do Facebook, a rede social revela o seu relatório de transparência relativo aos primeiros seis meses do ano. A lista de contas falsas detetadas e apagadas continua a aumentar.
O relatório completo do Facebook no que à área da transparência diz respeito é extenso, mas o número que salta à vista é mesmo o das contas falsas apagadas. Segundo a rede social de Zuckerberg, a estimativa é de que as contas falsas representem entre 3 a 4% dos utilizadores ativos mensais do Facebook.
Os números de contas falsas detetadas e sob as quais o Facebook teve algum tipo de ação aumentou consideravelmente, especialmente em abril e junho de 2018 (justamente na sequência do escândalo da Cambridge Analytica). No primeiro trimestre do ano, foram apagadas 583 milhões de contas; no segundo, o número mais elevado, com 800 milhões; entre julho e setembro, o número desce ligeiramente, para os 754 milhões de contas. Ou seja, só nos últimos seis meses, o Facebook apagou mais de 1,5 mil milhões de contas falsas.
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Outra das componentes mencionada neste relatório está ligado a pedidos feitos por governos, com os números a aumentar. Segundo o relatório, este número de pedidos aumentou 26%, comparado com a segunda metade de 2017, situando-se agora nos 103 815 pedidos.
No que ao discurso de ódio diz respeito, o Facebook aponta que fooram feitos “investimentos na deteção proativa de discurso de ódio em determinadas línguas no Facebook. (…) Em geral, somos mais proativos a identificar discurso de ódio antes de este ser reportado pelos utilizadores”.
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O relatório completo está disponível online, com vários gráficos e contextualização sobre o assunto. O relatório de transparência da rede social contempla também aspetos como infrações de direitos de autor, nudez, spam, conteúdo gráfico, bullying ou propaganda terrorista.