Rede social guardou centenas de milhões de palavras-passe dos utilizadores em ficheiros não encriptados. Até 20 mil funcionários tiveram acesso a estes dados.
Mais uma polémica de privacidade no Facebook: entre 200 a 600 milhões de passwords dos seus utilizadores foram guardadas em texto legível – ou seja, não estavam encriptadas. A revelação é feita pelo blogue de segurança Krebs on Security.
As palavras-passe foram guardadas desta forma durante anos e segundo a investigação feita, até 20 mil funcionários do Facebook tiveram acesso a estes ficheiros. Segundo uma investigação interna da tecnológica, não há indícios de que qualquer funcionário tenha acedido de forma indevida a estes dados.
O Facebook ainda está a determinar o número total de passwords que estiveram expostas e durante quanto tempo, mas estima-se que tal terá acontecido pelo menos desde 2012.
Segundo a fonte que denunciou o caso ao blogue Krebs on Security, as equipas internas do Facebook estão a trabalhar para anunciar o número mais baixo possível de palavras-passe expostas – por exemplo, contabilizando apenas aquelas que ainda estão armazenadas.
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“O que descobrimos nesta situação é que estas passwords estiveram registadas de forma inadvertida, mas não houve qualquer risco. O que queremos garantir é que estamos a cumprir todos os passos e que só vamos forçar uma mudança de password se houver sinais de abuso”, comentou Scott Renfro, engenheiro de software da rede social.
Num comentário oficial, o Facebook admite contactar “centenas de milhões de utilizadores do Facebook Lite, dezenas de milhões de utilizadores do Facebook e dezenas de milhões de utilizadores do Instagram”.
O Facebook esclarece ainda que a descoberta foi feita em janeiro, durante uma análise de segurança de rotina, e que o problema já foi corrigido. A tecnológica garante também que “nenhuma das passwords estiveram visíveis para pessoas fora do Facebook”.
O caso surge após aquele que terá sido o ano mais difícil do Facebook até ao momento, com a tecnológica a ter de enfrentar diferentes crises ao longo de 2018. O escândalo de privacidade que ficou conhecido como Cambridge Analytica foi o expoente máximo dos problemas que afetaram a rede social de Mark Zuckerberg nos últimos tempos.
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