Apple quer aumentar produção do iPhone mas coronavírus pode mexer nos planos da empresa

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EPA/ARMANDO BABANI

Recentemente, o jornal asiático tinha indicado que a Apple teria pedido aos fornecedores da região para aumentar a produção no primeiro semestre de 2020. No total, a tecnológica terá encomendado 80 milhões de telefones, de vários modelos – um aumento de 10% em relação à produção do ano passado.

No entanto, o surto do coronavírus, que teve origem na cidade de Wuhan mas que está a alastrar-se rapidamente a outros pontos da China, poderá mudar os planos da Apple. De acordo com o Nikkei, com várias empresas encerradas ou com os processos a decorrer fora do normal, as consequências do vírus podem ter um impacto na produção da Apple.

Os especialistas ouvidos pela Nikkei referem que o coronavírus está a criar incerteza e desafios à produção, inclusive dos auriculares AirPods.

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O coronavírus já fez 106 mortos e infetou quatro mil pessoas, de acordo com as contagens reveladas pela China. Com Wuhan como ponto de origem do surto, a cidade foi colocada em quarentena e as viagens foram alvo de restrição, durante um período indefinido, com o governo a tentar conter a propagação do vírus. Mesmo assim, já foram detetados vários casos fora da província de Hubei.

Para evitar o contágio, várias empresas chinesas têm optado por encerrar os escritórios e fábricas, pedindo aos trabalhadores que prolonguem a pausa do Ano Novo Chinês.

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Além da China, também já foram detetados casos de infeção do coronavírus em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.

Esta terça-feira, a União Europeia já avançou que irá enviar dois aviões para repatriar os 350 cidadãos europeus que estão na região de Wuhan.

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