Criptomoedas perdem 60% do valor em seis meses

Bitcoin | Criptomoedas
Foto: REUTERS/Toru Hanai

Longe vão os tempos em que cada unidade do Bitcoin valia perto de 20 mil dólares. Criptomoeda perdeu grande parte do seu valor e arrastou o restante mercado.

Depois da euforia no final de 2017, a primeira metade de 2018 tem sido ‘negra’ para as criptomoedas: o mercado, como um todo, perdeu mais de metade do valor que tinha no início de janeiro.

Segundo a plataforma CoinMarketCap, que regista o valor de mais de 1.600 divisas digitais, no dia 1 de janeiro o mercado das criptomoedas e tokens valia 612,9 mil milhões de dólares, o equivalente a 523,9 mil milhões de euros. Meio ano depois, a 30 de junho, o valor total estava situado nos 247,8 mil milhões de dólares, cerca de 211,7 mil milhões de euros.

Muito deste mau desempenho está diretamemente ligado às cinco principais divisas digitais – Bitcoin, Ethereum, Ripple, Bitcoin Cash e Litecoin. Ainda assim, a perda de valor foi mais notória numas, do que noutras. Na infografia em baixo pode ver o desempenho das diferentes divisas nos últimos seis meses.

O presidente da Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas, Fred Antunes, explica em entrevista à Insider que “tinha de haver naturalmente uma correção” porque a subida no final de 2017 “foi muito grande”.

“Se comparar com os nove anos e meio de existência da Bitcoin, rapidamente consegue encontrar padrões exatamente com o mesmo tipo de oscilações”, acrescentou. Isto acontece, diz Fred Antunes, por ser um “ecossistema muito próprio e com um conjunto de características que não se compara com os mercados tradicionais”.

Uma questão de perspetiva

É inegável que a primeira metade do ano foi desastrosa para os detentores de divisas digitais, mas se a análise for mais abrangente, então o cenário não é tão negativo. Recuando um ano no calendário para o dia 30 de junho de 2017, cada unidade do Bitcoin valia nessa altura perto de 2.500 dólares, cerca de 2.135 euros.

Ou seja, neste termo de comparação, aquela que é a moeda que representa mais de 40% do valor total do mercado até está em crescimento.

Fred Antunes aponta dois grandes factores para o declínio acentuado das divisas digitais registado em 2018. O primeiro são os futuros de Bitcoin – um sistema no qual há um acordo sobre o preço e a data de venda de um determinado ativo.

“A primeira é a questão dos futuros do Bitcoin terem sido lançados, penso que isso não tem sido positivo para a criptoeconomia. A sustentabilidade do sistema acaba por estar muito condicionada pelas datas em que terminam os contratos de futuros”, comenta o líder da APBC.

No início de maio, a reserva federal de São Francisco, nos EUA, lançou um relatório no qual dizia haver uma ligação direta entre o lançamento dos futuros de Bitcoin e a quebra acentuada registada nos meses seguintes.

O segundo grande problema para Fred Antunes chama-se Tether, atualmente a décima divisa digital mais valiosa. “O Tether teve uma série de notícias [polémicas] que deixam, naturalmente, os investidores um pouco mais receosos e isso faz com que exista uma quebra de venda”.

Questionado sobre se as iniciativas de regulação que têm surgido em diferentes países tiveram algum peso no grande declínio do primeiro semestre, Fred Antunes considera que esse não é o motivo. “Se o mercado não caiu mais do que caiu até agora, foi exatamente porque as notícias [de regulação] são favoráveis”.

A partir do momento em que há países ‘amigáveis’ para as divisas digitais, como a Estónia e Malta, torna-se mais difícil para outros países terem uma atitude mais conservadora, defende o porta-voz da APBC. “Qualquer outro país europeu que decida tomar medidas mais conservadoras irá perder competitividade”.

Novo alerta em Portugal

Mas as pessoas ainda não estão totalmente preparadas para este novo fenómeno. Quem o diz são os supervisores portugueses – Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões – que voltaram a fazer um alerta sobre as “moedas virtuais”.

“As autoridades de supervisão do sistema financeiro estão preocupadas com o facto de um grande número de consumidores adquirirem ‘moedas virtuais’ na expectativa de que o seu valor continue a crescer sem estarem cientes dos riscos envolvidos”, pode ler-se na nota publicada online.

Nova versão do icónico Nokia 8110 de Matrix chega a Portugal

Nokia
O regresso do Nokia 8110 é feito com ligação 4G.

O Nokia 8110 Reloaded vai chegar oficialmente a Portugal, pelas mãos da HMD Global.

É o regresso do Nokia 8110, um telefone icónico que ficou associado à saga Matrix, em 1999, se bem que numa versão modificada para o filme.

Em 2018, muita coisa mudou e aquele que também ficou conhecido como ‘banana phone’ ganha uma ligação 4G e ligação Wi-Fi – bem diferente da versão de 1996, ano de lançamento do 8110 original. Além desta diferença, também a antena característica da versão original desapareceu.

Esta versão Reloaded vai fazer parte da família Originals, onde a Nokia tem estado a apostar no relançamento de telefones icónicos. Em 2017, lançou uma nova versão do também ele icónico Nokia 3310. Este ano, no Mobile World Congress, em Barcelona, o Nokia 8110 foi um dos telefones mais fotografados – muito pela viagem nostálgica.

O Nokia 8110 Reloaded chega às principais lojas portuguesas amanhã, com um preço recomendado de 84,99 euros. Estará disponível em duas cores, preto e amarelo-banana, com o clássico movimento de deslizar da capa a permitir desligar as chamadas.

Reforma que limita internet rejeitada (para já) pelo Parlamento Europeu

Conferência de imprensa em Estrasburgo, após o plenário que não aprovou, para já, a mudança nas regras de uso de imagens e afins com direitos de autor na internet

O plenário do Parlamento Europeu rejeitou esta quinta-feira a proposta relativa aos direitos de autor que iriam limitar o uso da internet como a conhecemos, pedindo alterações ao texto que serão votadas em setembro.

Com 318 votos contra, 278 a favor e 31 abstenções, o Parlamento Europeu (PE) rejeitou esta quinta-feira o mandato de negociação aprovado na comissão dos Assuntos Jurídicos no dia 20 de junho. Esta rejeição abre caminho à votação de alterações ao texto, que será assim debatido e submetido à votação de todos os eurodeputados na sessão plenária que decorre de 10 a 13 de setembro, em Estrasburgo.

O relator da comissão parlamentar dos Assuntos Jurídicos, Axel Voss (PPE, Alemanha) disse:

“Lamento que a maioria dos eurodeputados não tenha apoiado a posição defendida por mim e pela comissão parlamentar. Mas isto faz parte do processo democrático. Voltaremos a este assunto em setembro para uma análise mais aprofundada e para tentar dar resposta às preocupações manifestadas pelos cidadãos, adaptando as regras relativas aos direitos de autor à era digital”.

A decisão surge depois de vários apelos de entidades oficiais como universidades e de figuras relevantes. Foram mais de 70 personalidades que assinaram uma carta aberta contra a nova diretiva “que ameaça a internet e o seu futuro como uma rede global”. Nela não faltam nomes como o chamado pai da World Wide Web, Tim Berners-Lee, um dos pioneiros da internet, Vint Cerf, ou mesmo o co-fundador da Wikipedia, Jimmy Wales – pode ler mais sobre o tema neste artigo do Dinheiro Vivo.

A decisão da comissão parlamentar dos Assuntos Jurídicos de abrir negociações com os Estados-Membros sobre a proposta relativa aos direitos de autor foi anunciada em plenário na segunda-feira.

De acordo com o Regimento do PE (artigo 69.º-C), os eurodeputados tiveram até terça-feira, à meia noite, para decidir se colocavam o assunto na agenda de quinta-feira. Como mais de 10% dos eurodeputados assim o solicitaram, a votação sobre o apoio ou a rejeição do mandato de negociação realizou-se hoje em plenário.

Como o PE rejeitou o mandato de negociação aprovado em sede de comissão parlamentar, a proposta e alterações aos respetivos artigos serão votados na sessão plenária de setembro.

Os argumentos a favor da nova diretiva e contra estão espelhados neste artigo com opinião de Marinho e Pinto, eurodeputado português que votou para a aprovação das novas normas, e do autor da página de caricaturas e comédia Insónias em Carvão.

Draw This. Câmara usa IA para transformar fotos em desenhos

Draw This
Uma das imagens divulgadas pelo engenheiro Dan Macnish.

A Draw This foi criada por Dan Macnish e é uma pequena câmara que, com uma ajudinha da Google, transforma fotografias em rascunhos, quase como se tivessem sido feitos por crianças.

Onde é que entra a ajuda da Google? Se falamos de inteligência artificial, é preciso existir alguma base de dados para treinar a IA a reconhecer objetos e a conseguir desenhá-los. A Draw This utiliza, então, as competências de milhões de rascunhos disponibilizados pela Google, recolhidos através do jogo ‘Quick, Draw!’.

Disponível online, o Quick, Draw é o maior repositório de rascunhos, que podem ser utilizados por qualquer pessoa para ajudar na aprendizagem automática. A ideia é que a máquina indique o objeto ou conceito que é suposto desenhar, ficando este depois registado. No ano passado, quando foram divulgados alguns resultados, a Google referia que tinha desenhos de 15 milhões de pessoas.

Juntando uma câmara alimentada por um Raspberry Pi a uma impressora térmica, a Draw This transforma as fotografias em pequenos cartoons, só que com resultados algo aleatórios.

A ideia é levemente baseada no conceito da Polaroid, em que o utilizador recebe logo a fotografia, só que aqui uma fotografia de uma salada pode resultar em qualquer outra coisa. Na explicação online do seu projeto, Dan Macnish refere que “queria perceber se era possível levar o conceito de uma polaroide um passo à frente, pedindo à câmara para reinterpretar a imagem como melhor conseguir.

Dan Macnish, o criador desta pequena câmara, é um engenheiro e também artista visual de Melbourne, na Austrália. A ideia dos seus trabalhos passa por juntar os processos da engenharia e da arte, recorrendo várias vezes à tecnologia para criar experiências interactivas.

Governo torna obrigatório registo de drones e em alguns casos até ter seguro

Registo de drones
Foto: Kevin Chow / Unsplash

Quem tiver um drone com mais de 250 gramas vai ficar obrigado a registá-lo e todos aqueles que tiverem mais de 900 gramas vão precisar de um seguro de responsabilidade civil. As medidas foram aprovadas esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

No caso das aeronaves com mais de 250 gramas, o registo implica a identificação do operador do drone e também da aeronave que vai ser pilotada.

Esta informação vai fazer parte de uma base de dados que vai ser gerida pela Autoridade Nacional da Aviação Civil, é explicado em comunicado. O objetivo, sublinha o Governo, é permitir a eficácia do controlo e da supervisão na utilização de drones.

Já a contratação obrigatória de um seguro de responsabilidade civil para os drones com mais de 900 gramas tem como objetivo “cobrir eventuais danos provocados a terceiros”.

Há vários meses que o Governo já tinha mostrado intenção de complementar a lei nacional relativa à utilização de drones e que entrou em vigor em novembro de 2016. Na altura a falta de registo de drones foi apontada como uma das grandes falhas desse pacote legislativo inicial. Agora com este decreto-lei, o Governo complementa o quadro legal para o uso de drones em Portugal.

Em 2017 foram reportados à ANAC 37 incidentes com drone, o dobro dos que tinham sido registados no ano anterior.

Facebook. De empresa de tecnologia a ‘publisher’?

Facebook

A mudança foi detetada durante a defesa do Facebook no tribunal da Califórnia. Durante anos, o Facebook assumiu-se como uma empresa de tecnologia e nunca como um ‘publisher’. Com esta mudança de ‘identidade’, o que é que pode mudar no jogo do Facebook?

“Somos uma empresa de tecnologia, não uma empresa de media”. A afirmação foi feita em 2016, por Mark Zuckerberg, o fundador e CEO da rede social, na Libera Università Internazionale degli Studi Sociali Guido Carli, em Roma. Este é só um dos exemplos, mas não é preciso recuar até 2016: este ano, em abril, quando foi ouvido no Congresso americano, o patrão do Facebook repetiu a mesma coisa: “considero que somos uma empresa de tecnologia”.

O facto de Sonal Mehta, representantes do Facebook em tribunal, se ter referido à empresa como um ‘publisher’ está a causar estranheza na imprensa internacional, já que representa uma volta de 180º na estratégia da rede social. O britânico The Guardian foi dos primeiros a detetar a diferença.

“Somos uma empresa de tecnologia, porque a principal coisa que fazemos é criar tecnologia e produtos”, disse Zuckerberg, perante o Congresso. Relativamente ao conteúdo, o Facebook nunca se assumia como um ‘publisher’ – a rede social responsabilizava-se pelo conteúdo que circula pelas suas redes, mas não assumia responsabilidade pela respetiva produção.

Ou seja, ao assumir-se como uma empresa tecnológica, o Facebook era tratado pelas leis americanas e britânicas como uma plataforma, o que lhe garantia uma postura e uma forma de tratamento neutra. Desta forma, eram ilibados legalmente de responsabilização por partilha de conteúdos duvidosos (pedofilia, fake news ou conteúdos de teor terrorista, etc).

Ao referir-se como um ‘publisher’, o Facebook pode estar a colocar-se numa situação de ainda maior escrutínio e pressão. Este ano, a rede social já enfrentou o escândalo de privacidade causada pela Cambridge Analytica, que levou a esclarecimentos perante o Parlamento Europeu, além do congresso norte-americano. Esta semana, tornou-se também público que teria dado acesso privilegiado aos dados dos utilizadores a 61 empresas.

A afirmação do Facebook surge em tribunal, durante o processo de defesa contra a startup Six4Three, responsável pela agora extinta aplicação Pikini. O Facebook e o seu CEO estão a ser acusados de um “esquema malicioso e fraudulento”, diz a acusação, criado com o intuito de explorar dados dos utilizadores e tentar quebrar a concorrência.

A startup acusa ainda a rede social de ter conseguido atrair programadores para a sua plataforma ao prometer acesso aos dados dos utilizadores, acesso esse que revogou em 2015.

A mudança para ‘publisher’ estará a ser utilizada como uma estratégia de defesa – apesar de o Facebook sempre ter rejeitado a palavra. Citada pelo Guardian, Sonal Mehta terá referido que “o critério do publisher é um direito de expressão independentemente do meio tecnológico usado. Um jornal tem a função de publisher quer o esteja a fazer no seu site, numa cópia impressa ou através de um alerta noticioso”.

Tecnologia ganha força nas intenções de compras online dos portugueses

Compras online, ACEPI

As compras online já se tornaram algo recorrente na vida dos portugueses, com 96% dos inquiridos num estudo a revelar que pretendem comprar online no próximo ano. E os produtos tecnológicos são um dos pontos de interesse dos inquiridos.

O estudo foi feito pelo observador Cetelem para o comércio online, que pretende dar a conhecer as intenções e tendências de compras através da Internet por parte dos portugueses. Mais de um quarto dos inquiridos (27%) indicou que os produtos tecnológicos são um dos seus interesses quando utilizam a Internet para compras.

Ainda assim, apesar de a tecnologia ter sido referida, são as viagens quem continua a liderar a preferência dos portugueses nas compras online, ao ser referida em 47% dos interesses. Seguem-se os artigos de moda (41%), calçado e acessórios (38%) e os artigos de lazer (32%).

Com menos expressão nas intenções de compra, foram referidos produtos como saúde e beleza (23%), comida (22%) e produtos ligados a desporto (18%). No fundo da tabela, 7% referiu a intenção de compra de livros através de lojas online.

Este estudo contou com as respostas de 600 portugueses, sendo que 96% reforçaram que têm intenção de fazer uma compra online nos próximos 12 meses.

Blackberry Key2: smartphone com teclado chega a Portugal

A Insider sabe que o smartphone mais peculiar dos últimos tempos, o Blackberry Key2, vai mesmo chegar a Portugal já este verão. 

Antes do iPhone e do sucesso dos ecrãs táteis para escrevermos, a Blackberry era rainha e senhora nos telefones com teclado, especialmente na área do mercado de trabalho. Mais de 10 anos depois e algumas tentativas frustradas nos smartphones, a marca norte-americana volta à carga com um elemento típico para a marca, mas diferenciador nos dias atuais: o teclado.

Ainda não há data oficial para chegar a Portugal, mas a Insider sabe que o Key2 vai mesmo estar disponível no nosso país já este verão, muito provavelmente antes de setembro, até porque a Blackberry está a tentar levar o Key2, ao contrário de outros modelos, para todo o mundo.

O Key2 não só promete ser o Android mais seguro do mundo, como tem um teclado físico que é uma opção diferente do que tem sido a norma dos smartphones. A Blackberry quer mostrar que o tátil não é tudo e há espaço para o regresso do teclado físico para a escrita.

O objetivo é que o modelo atraia muito mais consumidores que o KeyOne, que foi lançado no ano passado e vendeu um total de 850 mil unidades. Pode ler mais sobre as ambições da marca neste artigo do Dinheiro Vivo.

A nível de características, pode conta com um ecrã de 4,5 polegadas (além do tal teclado físico), um processador Snapdragon 660 com 6GB RAM e uma bateria de 3500 mAh. Depois conta com duas câmaras de 12 megapíxeis (uma delas com zoom de 2x).

O preço para Portugal ainda não foi divulgado, mas deverá rondar os 650 euros.

Decode. A aplicação que quer ajudar a distinguir as falsificações

Decode Mundial
A Blue Bite trabalhou com a Adidas, para garantir a autenticidade da Telstar 18, a bola oficial do Mundial.

A Decode é uma aplicação que quer ajudar a minimizar o problema dos produtos contrafeitos. A ideia é que, através de etiquetas NFC nos produtos, seja possível distinguir se um artigo é falsificado ou não.

A contrafação é um dos principais problemas a nível global: fala-se que, globalmente, o mercado de produtos contrafeitos atinja valores de milhares de milhões de dólares todos os anos. Em Portugal, de acordo com os dados revelados por um estudo do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO), este ano, os valores perdidos com a contrafação atingiria os mil milhões de euros.

Por isso, a Decode, disponível para iOS e criada pela empresa nova-iorquina Blue Bite, inclui um sistema que permite a um consumidor descobrir se está perante um produto legítimo ou uma réplica.

A análise é feita recorrendo a tecnologia de NFC (Near Field Communication) ou RFID (Identificação por radiofrequência). Para que isto aconteça, é necessário que as marcas incluam este tipo de tecnologia nas etiquetas, algo que já está a ser utilizado. A Nike, por exemplo, já inclui estas etiquetas nos equipamentos da NBA – ainda que o primeiro propósito não tenha sido fugir dos produtos falsificados.

Inicialmente, a Nike queria utilizar este sistema como uma forma de partilhar conteúdos extra, como vídeos exclusivos, imagens ou GIF de jogadores específicos ou das equipas.

Para o sistema da aplicação Decode funcionar, é necessário que a etiqueta dotada de NFC ou RFID não possa ser removida. Para isso, a Blue Bite, a responsável pela aplicação, indicou ao site Engadget que está a trabalhar com algumas marcas para incluir os chips de NFC diretamente no produto.

A Blue Bite incluiu um chip de NFC Smartrac na bola oficial do Mundial, que permite ter acesso a conteúdos personalizados e a informação adicional. Além de se tornar possível saber por onde é que cada bola andou, dá ainda para saber se se trata de um produto autêntico ou não e quantas vezes é que foi feita uma digitalização para averiguar a respetiva autenticidade.

Blue bite aplicação

A Blue Bite refere também que a Adidas não é a única marca que está a incluir este tipo de tecnologia para criar outro tipo de relação com os consumidores, além de averiguar a autenticidade de produtos. A empresa indica, através do seu site, que trabalha também com marcas como a DYNE, dedicada a vestuário desportivo.

Imagina a sua vida sem a Google? Com estas alternativas é possível

Google

A gigante de Mountain View criou vários serviços que são ‘indispensáveis’ na vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Ou será que não são?

Pesquisa Google / DuckDuckGo

O motor de busca é de longe o produto mais conhecido da Google e um dos mais indispensáveis no dia a dia. Uma alternativa pode ser o DuckDuckGo, uma ferramenta que tem um grande foco na privacidade e que diz não rastrear os utilizadores.

Gmail / Proton Mail

Aqueles que valorizam a segurança e a privacidade das conversas que mantêm por email provavelmente já conhecem o Proton Mail. Todas as mensagens estão protegidas por encriptação e os servidores que garantem o funcionamento da plataforma estão sediados na Suíça.

Google Chrome / Opera

O browser Chrome é o preferido da ‘internet’ – em maio tinha 61% de quota de mercado a nível global. Mas o Opera tem características que o podem fazer mudar de ideias, como um bloqueador de anúncios e uma rede privada virtual (VPN) integrados de origem.

Google Maps / Here WeGo

O Maps é uma ferramenta de geolocalização poderosa e uma das mais completas. Um serviço que também não desilude é o Here WeGo, antigo Here Maps da Nokia e que agora pertence a um consórcio de empresas alemãs. Também inclui informação sobre transportes públicos e está disponível em aplicações móveis.

Android / iOS

O sistema operativo Android é usado por quase 80% de todas as pessoas que têm um smartphone. A grande alternativa é o iOS da Apple, quer em termos de funcionalidades, quer em termos de ecossistema de aplicações disponíveis. Há inclusive derivações do Android que têm um maior foco em privacidade, mas no final não deixam de funcionar sobre a plataforma da Google.

Google Play Store / Aptoide

O Google Play é a casa das aplicações Android por excelência, mas não é a única casa de ‘excelência’. A loja de aplicações Aptoide, criada pela empresa portuguesa com o mesmo nome, é uma das maiores em todo o mundo e conta com mais de 700 mil apps disponíveis para download.

Google Translate / Bing Translator

A ferramenta de tradução da Google está ainda longe de ser perfeita, mas é provavelmente a primeira escolha para a maioria dos utilizadores. Acontece que a rival Microsoft também tem um serviço fiável, graças a todos os avanços em inteligência artificial que tem feito nos últimos anos.

Google Drive / Dropbox

O serviço de armazenamento na cloud da Google conseguiu conquistar quota de mercado por disponibilizar mais espaço do que os principais concorrentes. Uma boa alternativa é a Dropbox – foi este serviço que mostrou o potencial do guardar ficheiros na ‘nuvem’ e continua a ser um dos mais completos.

YouTube / Instagram TV

Em bom rigor, quase não há plataformas que consigam rivalizar com o YouTube, pelo grande nível de criadores dedicados que lá publicam conteúdo numa base quase diária. Ainda que seja recente, o serviço Instagram TV é aquele que neste momento parece estar melhor posicionado como uma alternativa – muito também pelo facto de vários youtubers manterem uma presença assídua no Instagram.

Google Docs / Zoho

O ‘rei’ da produtividade pode continuar a ser o Office, mas a Google tem conseguido ganhar terreno graças à suite de produtividade Google Docs – por estar sempre acessível e por ser gratuita. Uma alternativa a esta ubiquidade pode ser a plataforma Zoho. Além de permitir a criação de documentos e folhas de cálculo, também disponibiliza integração com outros serviços, incluindo de armazenamento e de email.

A Google criou aqueles que são alguns dos serviços e ferramentas digitais mais completos e bem sucedidos do mundo. Não é à toa que o Gmail, o Chrome, o Android, o Google Maps e o YouTube têm todos mais de mil milhões de utilizadores.

A posição da Google no mercado digital é de tal forma grande que é muito fácil os utilizadores dependerem quase totalmente dos serviços que a gigante norte-americana disponibiliza. O que para uns pode ser positivo, devido à integração de funcionalidades que existe entre produtos, para outros pode ser visto como uma grande dependência relativamente a uma única empresa.

O facto de mais de 80% das receitas da Google terem origem no negócio da publicidade digital, significa que os dados que a empresa recolhe dos utilizadores têm um papel importante nesse desempenho financeiro – o que também tem levantado questões de privacidade ao longo do tempo.

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O desafio é: consegue imaginar o seu dia a dia sem os principais produtos da Google? Para muitos utilizadores a resposta é ‘não’ pela falta de conhecimento de serviços que se apresentam como uma alternativa viável.

Na galeria em cima pode ficar a conhecer algumas alternativas às principais plataformas da gigante norte-americana.

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