Talkdesk quer contratar 500 pessoas em Portugal este ano

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A Talkdesk vai contratar 500 pessoas em Portugal este ano, com vagas em aberto para localizações como Lisboa, Porto, Coimbra ou Aveiro.

O unicórnio português Talkdesk pretende recrutar 500 pessoas ao longo de 2021. A empresa, que desenvolve soluções de contact center na cloud, já contratou um número semelhante de trabalhadores no ano passado.

Em comunicado, a empresa anuncia que tem 500 vagas em aberto para aumentar a equipa. Estas contratações estão disponíveis para diferentes áreas, como investigação e desenvolvimento, vendas e gestão de contas, gestão de projetos e programas, marketing, apoio ao cliente, gestão financeira e contabilidade, recursos humanos e apoio técnico.

A empresa, que está a trabalhar de forma totalmente remota, nota que é possível contratar para outras localizações além de Lisboa, Porto, Coimbra e Aveiro. Em teletrabalho, torna-se possível procurar talento em localizações como “Braga, Guimarães, Leiria, Viseu, Vila Real, Castelo Branco, Évora, Faro, Açores e Madeira”.

“2020 foi um ano bastante atípico a nível global, mas a nossa capacidade de resposta rápida mostrou que a digitalização não só é o futuro, como uma realidade iminente. Tivemos de readaptar muitas frentes, principalmente ao nível da cultura da empresa, que é algo que nos define bastante, mas estamos agora mais preparados”, indica Marco Costa, diretor geral e vice-presidente de desenvolvimento corporativo internacional da Talkdesk.

“O nosso novo modelo de trabalho, agora 100% remoto, permite-nos chegar e atrair talento de todos os pontos de Portugal, e do mundo, e isso é algo que nos entusiasma bastante. A Talkdesk quer continuar a ser uma das melhores escolas de engenharia do país”, indica o mesmo responsável.

Nos planos da tecnológica para este ano está ainda o lançamento do escritório do futuro, com a empresa a indicar que pretende que este seja um “espaço físico de ligação tecnológica forte, que funcionará como ponto de encontro para todos e permitirá um modelo “híbrido” em que cada um escolherá de onde trabalhar: casa ou escritório”.

Critical TechWorks quer contratar 400 pessoas ao longo deste ano

A Máquina do Tempo

relógio, máquina do tempo
Fonte: Pixabay

Estou quase a fazer anos o que, entre o avanço etário e o contexto pandémico que vivemos, é motivo de introspecção e não propriamente de festa. E a jornada interior levou-me à Máquina do Tempo, de H.G. Wells, talvez a primeira obra de ficção científica a avançar a ideia de viajar no tempo. Nesta obra o Viajante do Tempo (assim lhe chama o autor) cria uma máquina que lhe permite saltitar pela Quarta Dimensão, isto é, a dimensão do tempo.

A questão que me assolou foi a seguinte: E se eu tivesse acesso a tal máquina do tempo? Que mudaria no que foi até ora a minha estrada da vida? Resposta: Para maior impacto teria de mudar o essencial pois o que determinamos como essencial molda, fortemente, o nosso processo decisório que por sua vez abre e fecha portas.

E o que é o essencial? O essencial é o que para cada qual define a totalidade das coisas, é o que tem mais importância que o resto, o que se preza acima de qualquer coisa. Elude qualquer definição. Pode ser a alegria, o amor, a fé, a humildade, a paz, o sucesso, o respeito, a lealdade, o desafio, a ambição, a aparência, etc.

A confusão conceptual é agravada pelo facto de que o que consideramos essencial é alvo de mutabilidade pela vida fora. Não é perene. Resulta, em fase liminar, do que é ensinado, aprendido e ensaiado. O legado é sólido, tem raízes, orienta a vida. Mas a vida é uma jornada própria, cheia de descobertas ao nível do ‘eu’ em relação a si próprio e do eu em relação ao ‘outro’. E é no âmbito dessa jornada que o essencial ensinado, aprendido e ensaiado, perece, de forma parcial. Permanece em parte, esfuma-se um pouco, à medida que sabemos, descobrimos e defendemos quem somos. Processo moroso.

Ou seja, o que é essencial para cada qual vai sofrendo mutações. Contudo está sempre presente. Surge no dia a dia, quando vontade gera acção ou omissão

que vem a configurar, lá mais para a frente, destino. Surge, ainda, por vezes de forma dolorosa, em cruzamentos da vida, momentos decisivos, que definem a noção da totalidade e da importância das coisas.

Quando se é ‘’fustigado pelas ondas e não obstante se continua à tona’’ (lema de Paris), o essencial pode emergir sob a forma de tenacidade e de perseverança. ‘’I can’t go on but I will go on’’, diz Becket.

Quando se liberta passado, culpa ou punição o essencial monta a misericórdia, qualidade não forçada que ‘’cai do céu qual chuva suave sobre o chão (…) e que ‘’abençoa quem a dá e quem a recebe” (afirma Shakespeare).

Quando se estuda e questiona de forma não passiva e aquiescente, essencial é a busca do conhecimento, visto como alvo em constante movimento.

Quando estruturas colapsam, por ausência de verdade, deslealdade, corrupção (ou motivos semelhantes) e se invocam, sem medo, a transformação, a mudança e a adaptação, essencial é a coragem.

Quando se acredita que as noites mais escuras podem anunciar a aurora, essencial é ter fé, optimismo e esperança.

Quando se consegue imaginar e converter a impossibilidade em possibilidade, essencial é o sonho acompanhado de acção e de visão.

Regressemos agora à Máquina do Tempo, notando que enquanto para alguns cientistas o conceito de viajar no tempo é ficção, para outros, é possibilidade. Por exemplo, o físico Mário Novello explica na sua obra Máquina do Tempo como os cientistas, recorrendo à teoria da relatividade de Einstein, têm equacionado o problema.

Não importa, porém, se é ficção ou realidade, constatado que foi que mesmo sem Máquina do Tempo o que consideramos essencial é mutável e tridimensional: no Passado faz parte de memórias que saltitam e mudam com o

tempo, no Presente surge como possibilidade de actuação e no Futuro invoca algo por moldar.

E uma coisa é certa, temos hoje e agora, que podemos reger pela possibilidade do impossível, em nome do sonho. So, stay safe but continue dreaming despite the pandemic. I know I will.

Nota: A autora não escreve de acordo com o novo acordo ortográfico.

Patricia Akester é Fundadora do Gabinete de Propriedade Intelectual.

Critical TechWorks quer contratar 400 pessoas ao longo deste ano

Critical TechWorks
Escritório Critical TechWorks. Foto: DR

A Critical TechWorks, a empresa que resulta da parceria entre o grupo BMW e a Critical Software, avançou um novo objetivo de contratação para 2021, que passa pelo recrutamento de 400 trabalhadores.

Com os projetos de condução autónoma do grupo BMW a desenrolarem-se, a Critical TechWorks anuncia que pretende contratar mais 400 pessoas ao longo deste ano, com especial destaque para engenheiros com conhecimentos na linguagem de programação C++.

Com este objetivo, a empresa pretende chegar a um total de 1400 pessoas no final deste ano, acima dos valores estipulados anteriormente. Em novembro do ano passado, fonte oficial da empresa indicava que, para 2021, estaria prevista a contratação de mais 250 elementos, chegando à marca dos 1250 trabalhadores.

Até ao momento, o papel das equipas portuguesas da Critical TechWorks é dar apoio a uma unidade de conhecimento nesta área do Grupo BMW, que está situada na Alemanha.

Com mais de dois anos de atividade e já mais de meia centena de projetos entregues à fabricante automóvel, com destaque para o Operating System 7 e as novas aplicações da BMW e da MINI, a Critical TechWorks está agora interessada em recrutar perfis juniores e seniores que se juntem a estas equipas e que estejam alinhados com os valores da empresa.

“Mais do que pessoas com formação e hard skills, procuramos pessoas que tenham paixão pela tecnologia e pelo mundo automóvel, mostrem pensamento analítico e muita vontade de aprender, resiliência e prontidão para agarrar diversos desafios num ambiente futurista e de constante crescimento”, explica Luís Cruz, Chief Technical Officer da Critical TechWorks.

“Quem abraçar este desafio, tem de vir pronto para não só construir soluções inovadoras e disruptivas, como também para definir standards de mercado que certamente marcarão um novo paradigma de condução. Sabemos que será um processo bastante longo, com alguns avanços e retrocessos naturais numa área que está em constante evolução”, diz o mesmo o responsável.

As vagas em aberto, que estão disponíveis para os escritórios de Lisboa e Porto, podem ser consultadas no site da empresa.

Tecnológica PandaDoc expande-se para Portugal e quer contratar 50 trabalhadores

PandaDoc
A equipa da PandaDoc. Foto: DR

A empresa de software de automatização de documentos anunciou a abertura de escritórios em Lisboa. Tecnológica pretende contratar 50 trabalhadores no próximo ano e meio.

A tecnológica norte-americana PandaDoc anunciou esta segunda-feira a abertura de escritórios em Lisboa, naquela que será a sexta localização da empresa, num momento de expansão internacional.

Dedicada ao desenvolvimento de software de automatização de documentos, a PandaDoc pretende contratar 50 pessoas em Portugal, ao longo dos próximos 18 meses. Em comunicado, é indicado a disponibilidade de vagas para áreas como vendas, marketing, produto, apoio ao cliente, recursos humanos, análise de dados e finanças. A tecnológica indica que tem uma “política remote-first”, dando prioridade ao trabalho remoto.

As carreiras disponíveis podem ser consultadas no site da empresa. Para Lisboa estão disponíveis vagas para diretor de marketing ou diretor de product intelligence. Na área da engenharia estão disponíveis vagas para senior python developer ou senior react native developer.

“Começamos com escritórios nos Estados Unidos e na Europa do Leste, pelo que desde sempre que a presença global tem sido essencial para a nossa estratégia de crescimento, especialmente tendo em conta a crescente procura por software de automatização de documentos. À medida que continuamos a escalar o negócio, a expansão na Europa foi um passo natural”, explicou Mikita Mikado, CEO e Cofundador da PandaDoc. “Portugal é uma emergente hub tecnológica, com um talento profundo em engenharia e operações, e a sua versatilidade face a empresas em crescimento facilitou a nossa escolha de localização. Estamos orgulhosos por abrir escritórios em Portugal e estamos entusiasmados por dar as boas-vindas aos novos Pandas.”

A operação portuguesa estará a cargo de Diana Casanova, que desempenhará o cargo de diretora financeira em Portugal. Diana Casanova foi gestora financeira na Uniplaces; em comunicado, a PandaDoc destaca a “vasta experiência multinacional em liderança de equipas, operações fiscais, e contabilidade.”

Já Solange Alvito será a nova Diretora de Recursos Humanos e recrutamento da tecnológica em Portugal. Alvito era a anterior Diretora de People and Culture da Mobipium. “Estou muito entusiasmada por estar entre os primeiros Pandas portugueses a integrar a equipa neste ponto de expansão da empresa,” indica Solange Alvito. “A PandaDoc ganhou reputação pela sua cultura positiva focada na felicidade e bem-estar dos colaboradores, aliada aos valores como a integridade e a transparência que afetam diretamente os seus clientes. Mal posso esperar para mostrar o incrível talento que temos aqui em Portugal à medida que construímos a nossa nova equipa.”

Solução de assinatura digital deu impulso em 2020

Criada em 2013, a PandaDoc pretende simplificar o processo de criação, aprovação e assinatura digital de documentos. A empresa já recebeu investimentos da HubSpot, Altos Ventures ou da Rembrandt Venture Partners.

Apesar da crise trazida pela pandemia, a empresa conseguiu manter um crescimento de receitas na ordem dos 63%, valor. Em março do ano passado, disponibilizou o software gratuito de assinatura digital, como resposta às mudanças trazidas pela pandemia.

A empresa começou a expansão internacional pela Europa do Leste. Além do escritório de Lisboa, a empresa tem presença em em Kiev, na Ucrânia, em St Petersburg, na Flórida, nos EUA, e ainda em Minsk, na Bielorrúsia.

 

NOS vai vender telefones recondicionados, com garantia de dois anos

A NOS vai passar a disponibilizar telefones recondicionados, com garantia de dois anos. A gama Garantidos NOS arranca com vários modelos de iPhone.

A operadora de telecomunicações vai apostar na comercialização de telefones recondicionados, com dois anos de garantia. Em comunicado, a NOS explica que na aposta Garantidos NOS será possível adquirir smartphones recondicionados “a preços muito competitivos e com a possibilidade de serem comprados a prestações”.

Ao comprar um smartphone recondicionado, o cliente está a adquirir um telefone que já foi usado – daí o preço abaixo da oferta de mercado. Os modelos recondicionados passam por um processo de controlo antes de serem postos à venda, para avaliação do estado de conservação do equipamento.

Os recondicionados são vendidos com uma espécie de nota (Grade A, B ou C, por exemplo), que avalia o equipamento. Um recondicionado Grade A tem marcas mínimas de utilização, por exemplo.

Em comunicado, a operadora indica que esta aposta está integrada “numa perspetiva de economia circular”, classificando a gama como “uma opção mais sustentável que permite diminuir a poluição eletrónica e que promove a reutilização”.

No lançamento desta opção de recondicionados, a NOS vai disponibilizar smartphones da Apple. No site, estão disponíveis modelos como o iPhone 7 de 32 GB, iPhone 8 de 64 GB, o iPhone XS Max de 64GB e o iPhone XR de 64 GB, com preços que variam entre os cerca de 230 euros e os 650 euros. Os equipamentos serão vendidos com carregador e auriculares, indica a NOS.

Há cada vez mais empresas a disponibilizar modelos recondicionados, especialmente equipamentos da Apple. Lojas como a Worten ou a Fnac já têm disponíveis nos sites equipamentos recondicionados – no caso da Worten, a garantia dos equipamentos é de um ano, por exemplo. Também empresas como a Forall Phones, vendida no final de 2020 a um investidor privado, opera no mercado de recondicionados.

Remade. A empresa que faz iPhone mais bonitos do que a própria Apple

Governo australiano critica decisão do Facebook. “Ações foram desnecessárias”

Facebook
EPA

Após o anúncio feito esta quarta-feira, os australianos acordaram para um Facebook sem a presença de conteúdos noticiosos. Governo australiano classifica a decisão como “arrogante” e “desapontante”.

Esta quarta-feira, o Facebook anunciou que os utilizadores da rede social na Austrália deixariam de poder ver e partilhar conteúdos noticiosos, após discordar da proposta de legislação que pretende obrigar as plataformas digitais a pagarem aos media pelo uso de informação.

Embora tenha discordado e até ameaçado retirar o motor de pesquisa do mercado australiano, a Google chegou a acordo com o governo australiano e vai pagar a empresas de media. Já o Facebook recusou este tipo de solução, anunciando mudanças na Austrália.

Esta quinta-feira, os utilizadores da rede social naquele país acordaram com um feed de notícias mais vazio. A mensagem aos utilizadores é clara, através da mensagem “a forma como partilha notícias está a mudar”. “Em resposta à legislação do governo australiano, o Facebook está a restringir a publicação de links e publicações noticiosas das páginas na Austrália. Globalmente, a publicação e partilha de ligações de notícias de publicações australianas está restrita”.

No anúncio partilhado pelo Facebook, a empresa liderada por Mark Zuckerberg afirma que a “proposta de lei não compreende fundamentalmente a relação entre a plataforma e os publishers que a usam para partilhar conteúdos noticiosos”. A empresa escreve ainda que essa legislação deixou o Facebook “perante uma decisão estrema: tentar cumprir com uma lei que ignora as realidades da nossa relação ou parar de permitir a partilha de conteúdos noticiosos nos nossos serviços na Austrália”.

A decisão do Facebook está a ser criticada pelo governo australiano. Numa publicação no Facebook, o primeiro-ministro, Scott Morrison, escreve que “as ações do Facebook de ‘desamigar’ a Austrália hoje, cortando serviços essenciais de informação sobre saúde e emergência, foram tão arrogantes como desapontantes”.

“Estas ações não só confirmam as preocupações que um número crescente de países já tinha expressado sobre o comportamento das empresa Big Tech, que acham que são maiores do que os governo e que as regras não devem ser aplicadas aos seus negócios. Podem estar a mudar o mundo, mas isso não quer dizer que devem mandar no mundo”, continuou. O primeiro-ministro australiano escreve ainda que o país não se deixará intimidar “pela pressão crescente das Big Tech”. O governante recorda o episódio em que a Austrália não se deixou intimidar pela ameaça da Amazon, que também ameaçou sair do país.

No final da mensagem, o PM australiano convida ainda o Facebook a “trabalhar de forma construtiva com o governo australiano”, seguindo os passos da Google, que “recentemente demonstrou a sua boa fé”.

Já Josh Frydenberg, ministro do Tesouro australiano, critica uma decisão deste tipo numa altura de emergência sanitária. “A decisão de bloquear o acesso dos australianos a sites do governo – sejam eles sobre apoios durante uma pandemia, saúde mental, serviços de emergência ou até de meteorologia – não tem qualquer relação ao código de media, que ainda nem foi aprovado no Senado”.

Páginas governamentais também foram afetadas

Num primeiro momento, o Facebook deixou de apresentar aos utilizadores australianos informação de páginas ligadas ao Governo.

Mais tarde, o Facebook indicou à CNBC que as páginas governamentais voltariam ao normal. A rede social indicou à estação de televisão que “como a lei não dá indicações claras sobre a definição de conteúdo noticioso, adotámos uma definição mais alargada para respeitar o rascunho da lei. No entanto, vamos reverter as ações de qualquer página que tenha sido afetada de forma inadvertida.”

França quer obrigar Google a pagar por uso de conteúdos noticiosos

Nokia vai criar centro de serviços globais em Portugal, com investimento de 90 milhões de euros

Nokia
Nokia. EPA/MARKKU OJALA

O Governo e a Nokia Portugal assinaram esta quarta-feira um memorando de entendimento para a criação de um novo centro de serviços globais da tecnológica em Portugal. Este centro irá criar 300 empregos ao longo dos próximos dois anos.

A Nokia vai instalar em Portugal um centro de serviços globais, com um investimento associado de 90 milhões de euros. O anúncio foi feito esta quarta-feira, na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a Nokia Portugal.

“A presença da Nokia já é extremamente relevante, com mais de dois mil trabalhadores”, notou o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, na cerimónia, que decorreu através de videoconferência. A presença da empresa no mercado português será em breve reforçada, através da instalação de um centro de serviços globais em Portugal.

Conforme explicou Aragão de Azevedo, este centro, que ficará instalado na Amadora, permitirá a “criação de emprego altamente qualificado e ainda a criação de infraestruturas”. De acordo com a informação avançada, serão criados 300 novos empregos, ao longo dos próximos dois anos.

Este centro, que estará dedicado a serviços de apoio às empresas, permitirá à Nokia “servir o mundo a partir de Portugal”, conforme assinalou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. Conforme frisou ao longo da intervenção, Siza Vieira destaca a importância de a Nokia tomar uma “decisão de investimento” em Portugal desta envergadura, ainda mais “sendo uma empresa europeia”.

Segundo a Nokia, fatores como o talento disponível e a estreita relação com o mundo académico e o ecossistema de inovação e startups terão pesado na decisão da tecnológica. Pedro Siza Vieira sublinhou ainda que Portugal tem um “fortíssimo ecossistema de startups e ligação com as empresas que é possível estabelecer”, existindo um “sistema que se alimenta a si próprio em termos de capacidade de inovação”.

Sérgio Catalão, o responsável pela operação da Nokia em Portugal, especificou que este novo centro ficará instalado no complexo que a Nokia já tem na Amadora. O mesmo responsável indicou que este complexo “já tem uma capacidade” de espaço, permitindo receber este novo centro. “A virtualização é uma característica hoje em dia e é algo que estamos a ver muito de perto”, notou Sérgio Catalão, quando questionado sobre a necessidade de espaço físico, num momento em que várias tecnológicas já anunciaram que pretendem reduzir as instalações físicas, devido ao teletrabalho, mas reforçou que a Nokia continua “a ter capacidade e necessidade de ter uma presença física.”

Processo de contratação arranca em breve

“Vamos começar o processo” de contratação, especificou Sérgio Catalão, da Nokia Portugal, notando que a empresa contará com “várias fontes de suporte” para essa tarefa. O responsável notou que, uma vez que a Nokia já tem outros centros em Portugal, já tem “alguma experiência, através de universidades e politécnicos”.

O responsável indicou que “o processo tem de estar concluído até ao fim do próximo ano”, dando como exemplos de colaboração a Universidade de Lisboa, Aveiro ou os Institutos Politécnicos.

Itália multa Facebook em 7 milhões de euros por práticas contra proteção de dados

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(Kenzo TRIBOUILLARD/AFP)

A autoridade de concorrência italiana, AGCM, anunciou hoje uma nova multa de sete milhões de euros contra o Facebook por práticas comerciais desleais no âmbito da proteção de dados.

De acordo com a AGCM, o gigante da média social norte-americano não está a informar adequadamente os seus utilizadores sobre como recolhe e utiliza os seus dados para fins comerciais.

Em 2018, a AGCM já tinha multado o Facebook em cinco milhões de euros, acusando-o de usar de práticas comerciais desleais, sendo que na altura ordenou que tomasse medidas para as corrigir.

A multa agora aplicada foi decidida pelo regulador italiano uma vez que o Facebook ignorou as ordens para alterar as práticas, explicou a AGCM em comunicado.

“Ainda não foram dadas informações rápidas e claras sobre a recolha e o uso dos dados dos utilizadores para fins comerciais”, justificou o regulador.

E prosseguiu: “São informações que o consumidor precisa de saber para decidir se quer aderir ao serviço, atendendo ao valor económico para o Facebook dos dados fornecidos pelo utilizador”.

Estes dados representam “o pagamento pela utilização do serviço” do gigante tecnológico norte-americano, lembrou a AGCM.

Clubhouse. Há uma nova rede social onde a voz é rainha

Clubhouse. ( Odd ANDERSEN / AFP)

Só por convite – e para já apenas para iPhone – a rede social Clubhouse tem concentrado atenções. Em Portugal já tem milhares de utilizadores.

Na rede social Clubhouse não há espaço para fotos inspiradoras, nem vídeos de simpáticos animais de estimação. Por aqui só se fala. Por voz, mesmo, sem espaço para o texto, em salas com utilizadores. Por enquanto está em modo beta (uma espécie de teste), disponível apenas para utilizadores de iPhone, mas não é por isso que não tem conseguido chamar à atenção. Tal como já vimos noutras apostas de novas redes sociais, o facto de só estar acessível através de um convite de um utilizador já registado também é meio caminho andado para aumentar a aura de exclusividade e aguçar a curiosidade.

Lançada no ano passado, há já alguns meses que esta rede social ganhava espaço no top da loja de aplicações da Apple, mas janeiro trouxe uma verdadeira explosão no número de utilizadores. Milhares de portugueses não resistiram à curiosidade: na loja portuguesa da App Store, a aplicação desenvolvida pela Alpha Exploration ocupa já o primeiro lugar entre as apps de rede sociais.

De acordo com o Financial Times, a Clubhouse é mesmo a rede social atualmente com o crescimento mais rápido, algo que poderá ganhar novo fôlego a partir do momento em que seja alargada aos utilizadores Android, que representam a grande maioria dos donos de smartphones. De acordo como o StatCounter, em janeiro o sistema operativo Android representava quase 72% do mercado mobile.

À semelhança de outras redes sociais, é possível criar um perfil, seguir outros utilizadores e, claro, ser seguido. A voz domina por aqui e os utilizadores podem juntar-se em salas, onde é possível acompanhar conversas sobre variadíssimos temas. A app já chamou a atenção de nomes como Elon Musk, dono da Tesla e da SpaceX, que conseguiu juntar milhares de utilizadores numa sala a ouvir uma conversa com Marc Andreessen, um dos investidores que apostaram nesta nova plataforma.

Aliás, a presença de nomes sonantes da tecnologia e de outras áreas, passíveis de serem encontrados em salas de forma aleatória e em conversas inesperadas ajudaram a alavancar o sucesso da Clubhouse. Tanto que já se estima que a rede social possa valer mais de mil milhões de dólares, mesmo que ainda só esteja disponível para uma parte do ecossistema mobile.

Num momento em que o panorama das redes sociais continua a ser dominado por Mark Zuckerberg – dono do Facebook, Instagram e WhatsApp, as redes que mais utilizadores concentram – o principal desafio da Clubhouse será mesmo a manutenção de utilizadores e a expansão. Em vagas, têm surgido novas redes, mas num passado recente, só o Snapchat ou o TikTok conseguiram consolidar-se e chegar ao grande público.

Se Mark Zuckerberg também já passou pelas salas da Clubhouse, a indústria aparenta não estar surpreendida com a possibilidade de o Facebook desenvolver um produto semelhante, conforme avançou o jornal New York Times esta semana. Nos últimos anos, o Facebook já se inspirou em funcionalidades da concorrência, como aconteceu com as stories (vistas primeiro no Snapchat) e, mais recentemente, pelos reels no Instagram, uma opção semelhante aos vídeos curtos que marcam a identidade do TikTok.

Big tech: Receitas das gigantes disparam em ano de pandemia

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Os logótipos das big tech - Apple, Facebook, Amazon e Google. © DENIS CHARLET / AFP

Em ano de crise pandémica, as quatro grandes tecnológicas viram as receitas subir a pique. Só na Amazon, as vendas escalaram quase 90 mil milhões de um ano para o outro.

O setor da tecnologia tem passado relativamente ileso pela crise causada pela pandemia. A covid serviu mesmo de trampolim para novos recordes no caso das maiores tecnológicas, revelam os resultados financeiros apresentados pelas empresas. Amazon, Facebook e Alphabet aumentaram as receitas anuais em 142 mil milhões de dólares no ano passado (118,6 mil milhões de euros).

A maior subida anual pertence à Amazon: a gigante de e-commerce gerou um total de 280,5 mil milhões de dólares de receitas (233,8 mil milhões de euros), mais 105 mil milhões face a 2019 (87,7 mil milhões de euros) representando um aumento de 38%.

Num ano em que o comércio eletrónico disparou, devido ao encerramento de lojas físicas e ao confinamento em vários pontos do globo, a Amazon viu as vendas subir em flecha. Os últimos três meses do ano, que juntam a corrida aos descontos da Black Friday e as compras de Natal, resultaram na maior receita trimestral alguma vez conseguida pela gigante de e-commerce, com 125,5 mil milhões de dólares (104,8 mil milhões de euros). Pela primeira vez, a Amazon conseguiu ultrapassar a marca simbólica dos 100 mil milhões de dólares de receitas trimestrais.

Já no caso do Facebook, o império de Mark Zuckerberg termina o ano em terreno positivo, após um segundo trimestre em que as receitas publicitárias arrefeceram. Em 2020, o Facebook viu a faturação subir 22% face a 2019, totalizando 85,97 mil milhões de dólares (71,82 mil milhões de euros), uma diferença de mais de 15 mil milhões de dólares comparando com o ano anterior.

Num ano, ganhou mais de 84 mil milhões de dólares em publicidade, atividade que continua a ser a fatia de leão do negócio da tecnológica (representa mais de 97% das receitas). Nos últimos três meses do ano, o Facebook ganhou 27 mil milhões em publicidade (22,6 mil milhões de euros), um aumento de 31% em termos homólogos.

Em destaque esteve ainda a área de outros negócios, que subiu 72% em termos anuais e 156% no último trimestre, quando gerou receitas de 885 milhões de dólares (739,6 milhões de euros). O número de utilizadores ativos diários atingiu os 1,84 mil milhões de pessoas, uma subida de 11% face a 2019.

No caso da dona da Google, os resultados do ano foram impulsionados pelos habituais pratos fortes – pesquisa e publicidade. À semelhança do Facebook, também a atividade publicitária baixou ligeiramente em alguns momentos, mas 2020 representou uma subida de 12,7% nas receitas anuais, que totalizaram 182,5 mil milhões de dólares (151,8 mil milhões de euros).

A área de serviços rendeu mais de 168 mil milhões de dólares (140 mil milhões de euros). Pela primeira vez, a Alphabet deu informação mais concreta sobre o negócio da Google Cloud. Embora tenha gerado receitas anuais de 13 mil milhões de dólares (cerca de 11 mil milhões de euros), acima do ano anterior, há três anos que esta área de negócio representa prejuízo para a tecnológica. A Google Cloud agravou os prejuízos, para 5,6 mil milhões de dólares (4,68 mil milhões de euros).

Apple com melhor trimestre de sempre
No caso da Apple, a empresa arranca o ano fiscal em setembro, pelo que os meses de setembro a dezembro correspondem já ao primeiro trimestre de 2021. Para a tecnológica liderada por Tim Cook, os últimos três meses de 2020 foram de recorde, com as receitas a subir 21,4% entre setembro e o dia 26 de dezembro, totalizando 111,4 mil milhões de dólares (93 mil milhões de euros) – o melhor trimestre já vivido pela dona do iPhone.

A empresa avança que dezembro foi marcado por subidas “a dois dígitos” em toda a categoria de produtos. A maior pertence ao iPhone, com vendas de 65 mil milhões de dólares (54,3 mil milhões de euros), quase mais dez mil milhões em termos homólogos.

A venda de serviços já é a segunda maior componente de negócio da Apple, representando 15,7 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros) – a aproximar-se das vendas combinadas de Mac e iPad, que valeram 17,1 mil milhões no trimestre (14,3 mil milhões de euros).

Microsoft vê receitas subir 12% para os 37,2 mil milhões, impulsionadas pela área de cloud

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